Eu estava fodida.
Lindamente fodida.
Como iria explicar para meu namorado, que estava grávida? Como falaria para minha mãe que estava esperando um filho aos 17 anos de idade de um namorado que ao menos ela sabia? Minha cabeça rodou e eu tive que me encostar na parede, ao lado da porta do apartamento onde Louis morava com a família. Respirei fundo pela vigésima vez e me pus de pé em frente à porta, erguendo o braço para tocar a campainha. Lottie, irmã de Louis, atendeu a porta.
- Pois não? – a garotinha perguntou docemente. Ela não me conhecia, já que a família de Louis também não sabia de nós.
- O Louis está em casa? – tentei controlar meu nervosismo. A garota assentiu e fez sinal para que eu esperasse, logo entrando em casa e gritando pelo irmão mais velho. Em poucos minutos Louis apareceu no lugar dela e arregalou os olhos a me ver, provavelmente assustado com a minha aparência – cabelos desgrenhados, rosto pálido e trêmula -.
- O que faz aqui? – seu tom beirou certa grosseria.
- E-eu preciso falar com você. – me xinguei mentalmente ao gaguejar. Ele ergueu a sobrancelha e me puxou pelo braço até seu quarto, onde me indicou sua cama, ficando de frente para mim. – Eu descobri uma coisa, não quero que ache que foi me intenção, e eu espero que você fique ao meu lado. – comecei aos olhos dele – Estou esperando um filho seu, Tommo. – usei seu apelido para tentar diminuir o peso que aquela sentença tinha, engoli em seco esperando sua reação.
- Não pode ser, EU não posso ser pai agora e nem nunca s/n. Sabe o trabalho que dá uma criança, o encosto que elas são? Você vai tirar essa coisa. – seu rosto estava vermelho e eu não poderia estar mais chocada. – Alias, quem me garante que isso é meu? – lágrimas molhavam meu rosto enquanto aquelas palavras me eram proferidas.
- SIM, é seu filho, eu perdi minha virgindade com VOCÊ, seu idiota. – levantei da cama ficando frente a frente com ele, enquanto apontava para seu rosto. – Eu estou tão ferrada quanto você, Louis, mas em hipótese nenhuma eu pensei em abortar esse bebê. ELE É NOSSO! – Louis passou a andar pelo quarto com as mãos na cabeça enquanto eu falava, assim que terminei ele parou e veio até mim.
- Você quer meu dinheiro, não é? – sorriu de escarnio quando eu arregalava os olhos assustada com aquela acusação. – É isso, você quer meu dinheiro. Onde eu estava com a cabeça quando acreditei que você, – apontou para mim – a pobretona da escola, me amava? – se aproximou mais, seu tom era grotesco demais, nem parecia o meu Louis. – Some da minha vida. – sussurrou raivoso perto do meu rosto enquanto apontava para a porta. Por pura raiva e indignação por ser humilhada pela pessoa que amava, eu lhe dei um tapa, ardido e certeiro em sua bochecha direita. Saí dali correndo logo depois.
**
Depois daquele dia um vazio se ocupou no meu coração, eu odiava aquele garoto. Naquele mesmo dia eu contei a minha mãe, e bem, sua reação não foi a das melhores. Ela me xingou dos piores nomes e me acusou assim como Louis, que já que eu tinha engravidado de um dos entes da família mais rica da cidade, que eu fosse atrás do dinheiro que queria. Fiquei desolada, cheguei até mesmo a dormir na rua por alguns dias, até que uma amiga de escola conseguiu convencer seus pais a me acolherem e então consegui contato com meu pai que morava em Los Angeles, ele me acolheu e cuidou de mim e de sua neta Valentina. Sim, eu havia tido uma menina que puxou mais ao pai do que a mim. Agora três anos depois eu estava bem, tinha meu pai e minha garotinha, pronta para voltar a minha cidade natal para minha mãe conhecer a neta como ela pedira, passando por cima de nossas desavenças.
Era uma tarde quentinha em Doncaster, minha mãe e meu pai estavam em baixo de uma árvore brincando com Valentina quando eu me afastei para comprar picolé para a mesma.
- S-S/n? – ao ouvir aquela voz, gelei. Paguei o que devia ao moço e me virei na direção da voz, Louis Tomlinson estava ali, seus cabelos estavam mais compridos e sua barba também, eu arfava pela surpresa que era vê-lo novamente.
- Louis. – curta e grossa.
- Eu fui muito errado no passado, peço perdão. – apesar de tudo seu tom parecia verdadeiro. E meu coração se aqueceu ocupando aquele vazio – É ela? – olhou para minha família, mais precisamente para Valentina, assenti com a cabeça. - Eu quero um recomeço, com você e nossa filha.
E aos pouquinhos a gente vai se apegando, se gostando e se amando. Se arruma em um cantinho e acaba mesmo sendo feliz.*
*Quote do tumblr Motivando.
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Imagine Louis Tomlinson
FanfictionImagines diversos do Louis originalmente postados na nossa conta do tumblr sonhos-com-1d.tumblr.com. Boa leitura xx