Em algum lugar ou momento, em qualquer hora ou situação, todo mundo teve sua perda. Alguns perdem bens materiais, outros perdem objetos com ou sem valor. Perdemos até dinheiro. Mas sempre tem uma perda mais séria. Eu tive uma perda. Não foi um bem material ou coisa do tipo. A minha perda foi alguém mais incrível e interessante que ja conheci em toda a droga da minha vida, alguém que eu queria que permanecesse para sempre, mas não foi o que aconteceu. A minha perda foi Kate Madeleine Collins.
Morávamos em um dos bairros extremamente calmos na Geórgia. Meus pais e eu nos mudamos quando eu tinha dez anos, quando minha mãe estava aprendendo a dirigir e meu pai tinha dois empregos.
Três anos depois Kate e seus pais se mudaram também, morando do outro lado da rua. No começo éramos timidos o suficiente para nenhum cumprimentar o outro. Mesmo duas semanas depois de Kate ter se mudado, ela passou a frequentar o mesmo colégio que eu, então caminhamos todos os dias de manhã, lado a lado, mas não juntos. As vezes eu a olhava pelo canto dos olhos, ela sempre andava olhando para os pés, as vezes me espiava pelo canto dos olhos também, outras vezes nossos olhares se encontravam, e Kate corava mais que eu.
Depois de um tempo nossos pais se tornaram grandes amigos, e nossas mães faziam compras juntas. De vez em quando Kate e sua família jantava em minha casa, ou meus pais e eu jantavamos em sua casa. De todo o modo ainda assim não nos falávamos, bom, nós nos cumprimentavamos, eu sempre dizia 'oi' e ela respondia 'oi' e nunca passava disso, quando passava disso era quando ela respondia 'oi' com um sorrisinho simples, mas caloroso.
Havia um parque à quarenta metros de nossa casa. Eu ia para lá de vez em quando, Kate ia sempre com um livro, um caderninho pequeno, com uma caneta pendurada e seu celular com fones de ouvido.
Eu costumava frequentar o tal parque, porque gostava muito de andar de skate por lá. As vezes eu a via, ela estava sempre sentada, lendo ou escrevendo, também estava sempre com os fones de ouvido. Ela parecia tão só e distante, perdida em cada palavra que escrevia ou lia. As vezes me batia uma vontade imensa de ir até ela, me sentar ao seu lado e perguntar o que tanto ela escrevia na quele pequeno caderno, o que pensava enquanto escrevia, que tipos de livros ela gostava. Se passavam milhares de perguntas a fazer para ela, mas nem se quer uma gota de coragem de ir até aquela menina.
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Na sétima série, eu conheci meus dois melhores amigos, Robert e Simon. Não éramos da mesma sala, na verdade minha sala era a primeira do corredor e a sala deles eram a última.
Um anti - belo dia - estava eu desesperadamente tentando abrir meu armário, eu não sei direito o que tinha acontecido a porta não queria de jeito nenhum abrir, quando ouvi uma gargalhada atrás de mim, me virei e havia dois garotos parados, um estava quase desmaiando de tanto da risada, parecia que estava assistindo algum show de comédia americana. Mas na verdade ele estava rindo da minha pequena luta com o armário, e deve ter percebido que eu estava perdendo. Um deles - não o que estava rindo - disse:
- Ei cara, precisa de ajuda? ─ Balancei a cabeça em afirmativa.
- Meu armário não quer abrir. ─ Respondi.- Odeio quando isso acontece. Não liga pra ele, é só um retardado. ─ Diz ele se referindo ao garoto da gargalhada.
- Ei! ─ O garoto reclama.
Por fim, os dois me ajudam a abrir o meu armário teimoso, antes mesmo de bater o último sinal.
- Valeu ai galera. ─ Agradeço.
- Sem problema, sou Simon, esse é meu amigo Robert. ─ Ele diz apontando para o garoto da gargalhada.
- Mals ae por ter dado tanta risada, mas ce tava engraçadão tentando abrir o armário. ─ Rio.
- Eu também teria dado muita risada, sou Jake. ─ Batemos com as mãos.
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Second Chance
Teen FictionResumo: Após o acidente trágico que matou sua namorada, Kate Madeleine Collins, o jovem Jake Stones se torna um adolescente rebelde e insano, causando problemas na escola, consumindo drogas, tornando-se álcoolatra e provocando bastante preocupação a...