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"Eu não posso começar a dizer que te odeio, porque eu estaria a mentir. Mas eu odeio o fato de tu me teres magoado. Odeio sentir o teu perfume na rua e lembrar de ti a abraçar-me ao pôr do sol. Odeio essa mania de morder os lábios que tu passaste para mim. Odeio ouvir as músicas que me lembram de ti e querer chorar. Odeio lembrar das horas que passei a beijar-te. Odeio gostar tanto de ti. Odeio o facto de tu teres dito "eu amo-te" para mim, e teres me magoado da mesma forma. Não era para tu cuidares de mim? Pois. Tu disseste que cuidarias, foi o que tu me disseste. Odeio ter que acreditar que foi tudo 'peta' tua, porque não pareceu ter sido, na verdade. Odeio ter que acreditar que a maneira que tu me olhavas, a intensidade que tu dirigias a mim no olhar, era peta. Odeio isso tudo, mas não a ti. Odeio o fato de tu teres aparecido na minha vida de novo e teres tentado ficar, mesmo depois de me magoares. Odeio sentir vontade de chorar agora mesmo. Odeio quando me deito na minha cama e lembro-me de como eu quase dormi contigo deitado a abraçar-me. Odeio que tu tenhas chegado tão longe. Mas o que eu mais odeio? Odeio não conseguir odiar-te."

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