Prólogo

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     Ao entrarem na escura mansão, tinham apenas como claridade em meio a tenebrosa escuridão, uma tocha acessa por um dos magos iluminando o caminho rumo a raíz de tudo. Todos estavam afoitos, tensos, pois seus sentidos acusavam que haviam caído em uma armadilha. Quando Zenoxus, decidiu executar "Accende quattuor ângulos", uma enorme bola de luz emergiu sobre o grupo iluminando toda a sala principal da mansão. Eles estavam agora com a visão clara do interior, dando o sinal de convidados inesperados ante ao anfitrião ainda oculto.

 Entre o grupo havia uma mulher, Heloiza. Ela habilmente executou um ritual rápido para detecção da maior fonte de energia no interior da enorme mansão. Quando os lábios delicados e precisos, proferiram "Occulta industria, considerabit fonte!", uma fumaça verde começou a surgir de finos e delicados dedos. Indicando ao grupo, onde estava o real local dos distúrbio energético.

Entre passos cautelosos, se aproximando do que parecia ser a sala de jantar, a fumaça verde criou um esfumaçado anel em volta do centro da mesa de doze lugares que tomava o local. Com o movimentar das mãos para o alto, outro mago de nome Jefferson, realiza a proeza de levitar a mesa até o teto. Descobrindo um alçapão, levando para uma sala no subsolo. Após todos descerem, caminham por um estreito corredor que exalava um ar bastante úmido e fétido. A bola de luz de Zenoxus diminui, por decisão unânime em prol da discrição, mesmo cientes de que não eram mais convidados ocultos. Caminhando por entre o estreito corredor, William percebe-se pisando em algo viscoso e pegajoso. Quando levantou seu braço em sinal, para que Zenoxus iluminasse sua a sola de sapato, William assusta ao ver sangue escorrer sobre seus pés! Iluminando o chão à frente, resto de corpos serviam como uma macabra tapeçaria pelo caminho à frente.

- Que obra maligna poderia ter realizado isso! – murmurou Zenoxus.

Chegando ao fim do corredor, se deparam com uma caverna. Ao fundo, uma fogueira acessa e um caldeirão borbulhante. Uma figura ao lado, sentado num tronco de madeira. Na verdade, um homem parecendo aguardar o preparo de algo. Jefferson ao se aproximar, coloca a mão esquerda sobre o ombro direito do homem. Ao tocar, ele simplesmente cai como um boneco ao chão. O mago tocando no pescoço do frágil homem, esboçando preocupação volta sua atenção ao resto do grupo informando que ele estava morto. Os olhos haviam sido arrancados. Tensão a flor da pele predominava. Heloiza observa que próximo ao caldeirão, jogado ao chão, estava um livro com uma fivela solta. Um cadeado aberto, centímetros à frente, lhe fazia companhia. Pegando-o com cuidado, ela retira a poeira da capa. Revelando em sua face, após a leitura do título, uma palidez de horror!

- Aperiens pactum limen Limbo! – murmura alto para espanto de todos.

Os outros, no momento em que Heloiza profere o título da capa, imediatamente energizam as mãos. Irradiando sobre elas raios brancos.

- Frateres, alertas! Eles estão aqui! – alerta Zenoxus nervoso.

Quando a última palavra do Mago é proferida, uma legião de criaturas bestiais surge em volta. Uma besta vermelha, semelhante a um enorme gorila, surge com um frágil bebê nos braços.

- Heloíza seu filho nos pertenece, RRRrrrr! – Ironiza e rosna a criatura.

- M-Mas como? C-como ele conseguiu raptar meu pequeno Auriel? A poderosa tropa prateada o protegia, além do meu marido em Jerusalém? – diz uma Heloiza aflita, olhando para Zenoxus em busca de alento.

- Calma Soror Heloiza! Preciso de você concentrada para resgatarmos seu filho! Ataquem! – murmura Zenoxus em posição de ataque.

 Eis que surge por detrás da besta escarlate, uma horda de criaturas como uma violenta maré ao bater em rochas, jogando-se em fúria sobre os magos. Tudo levava a crer, que seriam sucumbidos ante a carnificina...

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