Hermione tentava esquecer tudo "está tudo bem, nunca gostei dele mesmo" -tentou se convencer. Ela passou pelo Três Vassouras quando viu ouviu alguém chamando seu nome.
—Hermione! Mione! Gritava uma voz bem familiar. Ela se virou e viu Hagrid, não via ele a anos.
—Oh Hagrid. Bom te ver -limpou logo as lágrimas, correu e abraçou ele.
—Por onde você tem andado Hermione? -Hagrid estava muito feliz por ver Hermione.
—Tenho muito trabalho no ministério, é uma loucura.
—Você parece não estar bem -disse Hagrid com um olhar muito preocupado.
—É Hagrid, você me conhece bem, não estou nada bem não.
—O que se passou Mione? -perguntou ele curioso.
—É ... bem.. Eu e Rony.. hm... é .. Vamos nos separar, porque eu já não aguento aquele aborto de trasgo. -disse ela com uma voz bem furiosa.
—Soube que ele foi despedido, foi o maior escândalo, até hoje se fala sobre isso -lamentou Hagrid.
—É Hagrid, não sei o que vai ser de mim -ela abraçou Hagrid.
—Vejo que estamos perto do Três Vassouras, vamos beber uma cerveja amanteigada? -perguntou Hagrid com um enorme sorriso no rosto.
—Pode ser -concordou Hermione.
~
—Ah não, deixa que eu abro -falou Hagrid quando Hermione queria abrir a porta do bar.
O bar estava super cheio, Hagrid tinha dificuldades em passar entre as mesas.
—Vamos sentar naquela lá? -ele apontou para uma mesa no fundo do lado da janela, uma das poucas que estava vazia.
—Pode ser.
Eles pediram cinco garrafas de cerveja amanteigada, uma não era suficiente para o estômago gigante de Hagrid. Ele bebia suas cervejas olhando apaixonadamente para Hermione.
—Porquê está me olhando assim? -ela retribuiu o olhar.
—Mione, é... você é uma heroína sabe?
—Sei sim -disse ela orgulhosa.
—Da forma que você lutou na Guerra Bruxa sabe? Inacreditável para uma bruxa daquela idade.
—Hagrid eu sei que sou uma génia -disse ela num tom calmo.
—Uma génia e uma Deusa, Hermione eu... eu.. -ele olhava para ela com um olhar sedutor —Mione desde o primeiro ano, desde que vi você pisar Hogwarts pela primeira vez, sempre soube que você iria se tornar num mulherão, vi logo que você poderia... -Hagrid respirou fundo —pensei que um dia você se tornasse, deixa pra lá..
—Não Hagrid, pode falar -insistiu Hermione.
—É uma besteira, esquece -Ele ficou todo vermelho embora não desse para ver bem sua cara.
—Eu exijo que você fale -ordenou Hermione.
Hagrid abaixou a cabeça pegou nas mãos de Hermione (suas mãos cobriam totalmente as de Hermione) e disse:
—Talvez você se tornasse minha .. -ele suspirou -mulher!
Hermione riu, e acabou por entornar sua garrafa de cerveja amanteigada. Hagrid ficou sem palavras, sentiu como se não deveria ter dito aquilo.
—Oh Hagrid, você é tão fofo, eu sempre notei o jeito que você olhava para mim, só que não tinha como retribuir sabe?
—Eu sempre gostei muito de ti, sempre desejei que você crescesse o mais rápido possível -disse ele tirando um pano sujo do bolso do casaco e limpando a cerveja que Hermione entornou -mas aí você casou com o Rony, mas deixa pra lá, já está na minha hora.
—A propósito Hagrid, você não deveria estar em Hogwarts? -perguntou ela curiosa.
—Só vim deixar minha moto com um mecânico, ele diz que sabe um feitiço que vai deixar minha moto voar mais rápido.
—Ah, então tudo bem -disse Hermione.
—A essas horas ele já deve ter acabado de enfeitiçar a moto, você quer ir comigo? -perguntou Hagrid.
—Pode ser.Os dois chegaram ao Beco Diagonal, entraram numa loja toda de madeira que parecia que ia desabar.
—Afonso! -chamou Hagrid.
Afonso era um homem corpulento e bem baixinho, calvo, com um nariz pontiagudo enorme.
—Rúbeo, finalmente, a moto está pronta faz duas horas, não precisava demorar tant... -seu olhar virou-se para Hermione.
—Pelas barbas de Merlin Rúbeo, que beldade, não me diga que é sua...
—Amiga! -disse Hagrid antes que ele acabasse de falar.
Hermione sorriu.
—Prazer, Hermione Wesl... quer dizer Hermione Granger.
—Prazer -disse Afonso beijando a mão dela.
—Bom, e a moto? -interrompeu Hagrid.
—Pronto, aqui. Afonso trouxe a moto —agora vai voar mais rápido que a vassoura mais veloz do mundo -ele deu uma risada que parecia mais um elefante tossindo.
—Bom, então tchau -apressou-se Hagrid.
Ele conseguiu levar sua moto no colo embora com algumas dificuldades, andava com Hermione ao seu lado (ela parecia um duende ao lado dele).
—Que tal de você vir comigo para Hogwarts (ele deixou a moto no chão) para você ver as novas criaturas que estou criando? -ele perguntou entusiasmado.
—Bom -ela olhou para o relógio e levou um susto, já eram dez da noite, ela devia estar em casa escrevendo cartas para mandar para os seus filhos... —oh não Hagrid, tenho que ir, que tal amanhã?
Hagrid também perdera a noção do tempo. —Claro, passo da sua casa, que horas?
—Pode ser as quatro da tarde, saiu mais cedo do ministério.
Hermione estava muito preocupada, queria ir o mais rápido possível pra casa, ou não. "Será que devo ir pra casa?" "Será que devo encarar Rony?" Ou até mesmo "Será que ele está em casa?" —Adeus -falou ela pra Hagrid, ele acenou com a cabeça, subiu na moto e voou.
Hermione chegou em casa, estava tudo silêncio, subiu as escadas até o quarto e quando abriu a porta se deparou com Rony arrumando as malas, ele já estava fechando a última mala quando disse:
—Estou indo embora, mando depois uma coruja com os papéis de divórcio pra você assinar, já mandei Violetta (coruja da casa) para Hogwarts avisando os nossos filhos.
—Tudo bem então -falou ela fingindo não estar preocupada. —E para onde você está indo?
−Para um lugar melhor -respondeu Rony com severidade.
Ele pegou todas as malas e PAAAM, acabara de aparatar, Hermione continuava sem saber para onde.
Ela se sentiu sozinha naquela noite, tentava esquecer Rony, ao mesmo tempo pensava em Hagrid e nas coisas que ele falara ainda mais cedo.Amanheceu, e como de costume Hermione saiu de casa rumo ao ministério. Nesse dia chegou em casa mais cedo, lembrou-se que tinha prometido Hagrid que iria para Hogwarts com ele, ela entrou em pânico quando viu que só tinha dez minutos para se arrumar.
—Santo Merlin -gritou ela desesperada —nem vou tomar banho, já não vai a tempo, Hagrid com certeza não notará meu cheiro de catinga afinal dele é bem pior.
Ela subiu para o quarto, trocou de roupa e quando ia calçar a sandália ouviu um um baque na porta.
—Só pode ser Hagrid batendo a porta -pensou ela —com aquelas mãos gigantes como que não ia fazer tanto barulho.
Ela terminou de calçar pegou a bolsa e correu para a porta e abriu.
—Hagrid!! -ela olhou para cima e deu um enorme sorriso, Hagrid retribuiu o gesto olhando para baixo.
—Mione como você está deslumbrante, uau.
—Devem ser seus olhos Hagrid -disse ela timidamente.
—É talvez -disse ele baixinho, que Hermione não pôde ouvir. -vamos então? -ele apontou para sua moto, Hermione não tinha visto, Hagrid tapava toda sua visão pra rua.
—Vamos -respondeu ela entusiasmada.
Ela não se sentiu nada segura na moto de Hagrid, sentia como se fosse cair, a moto fez um barulho semelhante a erupção de um vulcão e lentamente começou a levantar.
—Aaaaaaaaaaa -gritava Hermione. —pelas barbas de Merlin, não vamos morrer não?
—hehehehehe -Hagrid deu uma risada maléfica.
Os dois sobrevoaram pela região de Hogsmeade quando Hagrid carregou num botão e BUMM...! A moto voava numa velocidade que deixou Hermione tonta, voavam tão rápido que nem dava para apreciar a linda vista lá de cima.
Finalmente a moto começou a perder velocidade, Hermione viu que eles já estavam sobrevoando sobre a floresta proibida dava para ouvir uns sons muito estranhos vindo de lá, mais adiante dava para ver as torres do castelo.
—Estamos quase lá -disse Hagrid entusiasmado.
Os dois aterraram uns sete metros da cabana. Ela desceu da mota mas levou algum tempo para ganhar equilíbrio já Hagrid estava muito normal. Quando eles já estavam entrando na cabana Hermione sentiu alguma coisa mordendo seu traseiro.
—ARRRE, que porra! -ela olhou e viu um ser estranho agarrado no seu traseiro.
—Não se preocupe -disse Hagrid tirando o bichinho do traseiro de Hermione —é só um tronquilho, é inofensivo.
—Pelos vistos você não mudou nada né?
—Vamos, entre. -Hagrid abriu a porta, sua cabana estava limpa, impecável, Hermione nunca tinha a visto assim antes. Do lado da parede tinha uma cama, bem arrumada com um cobertor que ela logo viu que foi feito com pele de dragão. Uma mesa quadrada de madeira antiga, em cima estavam duas velas brancas (já não eram mais brancas devido a poeira).
—Nossa Hagrid, estou espantada, sua casa limpa, um milagre, nossa -ela estava muito espantada mesmo.
—Só pra você meu docinho -ele corou.
—Que isso Hag, não precisava -disse ela tímida.
Os dois ficaram em silêncio, Hermione processava a frase "só pra você meu docinho", Hagrid acabara de a chamar de 'seu docinho', os únicos sons vinham da floresta bem á frente. Depois de longos minutos em silêncio ela falou:
—Você tem sido um bom homem pra mim, desde o primeiro dia, nunca imaginei que nossa amizade pudesse ir tão longe Hagrid.
—Shhh... cala a boca e me beija -disse ele ao mesmo tempo atirando Hermione para cama.
—NÃO Hagrid -gritou Hermione indefesa —não sei se vai dar certo, não sei...
—Se a minha mãe se deu bem com o meu pai porquê não poderia dar certo com nós dois?
—Bem... bem... hm... bem... -pensou ela.
Quando os dois se deram conta, Hermione já estava semi-nua na frente de Hagrid, ele tinha dificuldades para tirar suas vestimentas.
—Eu não posso fazer isso -disse ela num tom excitado.
—Pode sim e vai fazer -Hagrid se levantou da cama e tirou seu casaco que pesava aproximadamente quatro quilos.
—Aaaaa -berrou Hermione —Hagrid sua barriga é tão grande, nem quero imaginar o seu...
—Não precisa ter medo -ele tranquilizou Hermione.
—Não Hagrid, eu não sei se devo fazer isso, eu tenho filhos e ...
—E daí se você tem filhos, não desvia o assunto Hermi, confia em mim.
—Hoje não! -ela levantou rapidamente da cama —preciso ver meus filhos Hagrid, desculpa -ela fez uma cara inocente, pegou as roupas que tinha tirado e vestiu.
—Tudo bem então -disse ele desapontado vestido seu casaco.
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Hamione - Amor à Segunda vista
Fanfiction19 anos depois da II Guerra Bruxa tudo parecia estar bem, pelo menos não para Ronald Weasley que acabara de perder seu cargo no Ministério da Magia, inconformado, sofre perturbações que o levam a ter um comportamento diferente e violento. Mas quem r...