parque

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É bom estar em NY novamente. Depois que me mudei para L.A nao tive a oportunidade de voltar e visitar.
Pego minha mochila e saio do aeroporto, o transito ta mais congestionado que o normal entao decido seguir apé para meu apartamento, que por sorte ninguem sabe que eu ainda o tinha.
***
Entro e sigo para o balcao, encontrando Bruna no seu lugar de costume, o computador.

- hey puta, sentiu minha falta?

B- ta chamando quem de puta?

Ela responde grossa.

- poha, eu passo alguns anos longe e voce ja se esquece de mim? Magoou Brubru.

B- Mari? Poha disseram que tu tava morta e...e eu nao .....ai meu deus.

Ela correu me abraçar, toda chorosa, e apenas retribui, orando para que ela parace de me ensopar logo.

- okay okay, deu neh? Eu te explico a merda toda, meu ape ta vivo ainda?

B- claro, eu te acompanho.

Ela pega a chave e me entrega, subimos as escadas ate o 12· andar.

- teu pai continua pao duro e nao botou nem o caralho de um elevador nesse predio? Acho que vou ter que bater um papo serio com o tio Robert.

B- ha! Pao duro e velho. Luke ta indo pelo mesmo caminho.

- ah mas teu pai ainda ta gato neh? Por que aquele homem era meu deus grego de Nova York.

B- eca Mariana! Deus que me livre - ela se benze e da uns pulinhos, gargalho. - e agora que o Luke voltou de Londres, ele e o orgulho do papai.

Ela poe dois dedos na boca e finge um vomito.

- falando em Luke, ainda quero conhecer esse guri, se puxou teu pai entao Deus que me controle.

Ela faz cara de nojo e paramos em frente ao meu mais antigo apartamento. Destranco a porta e entro.

- isso aqui ta mais empoeirado que o tumulo da minha tataravó Bruna!

Digo tossindo

B- depois que disseram que voce morreu, papai fechou esse apartamento e nao deixou que ninguem entrasse. Nem mesmo eu.

Sinto um no se formar na minha garganta.

- seu pai sempre cuidou de mim.

B- ele ficou arrasado.

- eu imagino.

Engulo em seco.

- ele esta aqui?

B- chega daqui duas horas.

- subam aqui quando ele chegar, nao contem a ninguem que eu voltei, vou explicar tudo mais tarde.

B- pode deixar, precisa de alguma coisa?

- produtos de limpeza e tres latas de cerveja.

B- pode deixar- ela se vira para sair e para no batente da porta- é bom te ver de novo.

Sorrio minimamente e ela fecha a porta, me deixando sozinha. Abro as janelas e a sacada da sala, os moveis estao cobertos por panos e ah poeira visivel em todo lugar.
Ouso uma batida na porta e abro-a. Uma caixa com produtos de limpeza e latinhas de cerveja se encontravam ao pé da minha porta, trago os para dentro e coloco em cima do balcao empoeirado.
Jogo minha mochila em cima do sofá e uma nuvem de poeira se ergue, corro para a sacada na tentativa falha de fugir de toda essa poeira.

- poha.

Reclamo seguido de um espirro e uma tosse.

Ligo o meu antigo ventilador de teto e tiro o pó do meu radio, escolhendo um dos meus cds e pondo para tocar. Prendo o cabelo e começo a limpar todo o lugar. Minha sala, quarto, banheiro e cozinha continuam os mesmos.
Começo a tirar os panos de cima dos moveis e vejo que alguma coisa esta errada. Abro os armarios da cozinha, o guarda roupa do quarto, tudo, exatamente tudo esta aqui.
Batidas na porta me fazem acordar.
Abro a porta e Bruna esta com saquinhos de comida chinesa, ela ve minha espressao e seu sorriso morre.

My Lucid MadnessOnde histórias criam vida. Descubra agora