2 - pisei londres.

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#fim do capitulo anterior#

Desci para jantar e depois voltei para o quarto, estava cansada por isso. Deitei-me e acabei por adormecer... 

#capitulo 2#

Ouvi o despertador tocar. Levantei a cabeça e olhei para lá, eram 7 horas. Baixei a cabeça, pousando-a sobre a minha almofada de novo. Só depois me lembrei que finalmente o dia que esperei ansiosamente durante 48 horas tinha chegado. Levantei-me o mais rápido possível, fui até ao meu armário e escolhi uma roupa qualquer. Afinal quando as pessoas olhavam para mim, não era por causa da roupa… Vesti-me, penteei-me e fiz a minha higiene. Peguei nas poucas coisas que ainda estavam no meu quarto e desci as escadas, meio atrapalhada. Faltavam cerca de 8/9 horas para que o pudesse abraçar de novo e no meu estomago não dançavam apenas borboletas, acho mesmo que o que dançava ali dentro era uma enorme selva. 

- Bom dia! – Disse, pousando tudo perto da porta.

- Bom dia. – Os meus pais disseram simultaneamente. 

- Já tens tudo pronto? – A minha mãe perguntou-me.

- Sim. – Respondi. 

- Então, vá. Toma o pequeno-almoço, para nos metermos a caminho. – O meu pai afirmou. 

Dirigi-me à bancada da cozinha, tirei a caixa dos cereais integrais do armário e o leite do frigorífico. Preparei os cereais com leite e sentei-me a comer. Os meus pais estavam a meter tudo dentro do carro, para que quando eu acabasse de lavar os dentes pudéssemos ir embora. Acabei de comer e fui até á casa de banho. Lavei os dentes. Peguei na pasta e na escova e fui para o carro. Arrumei tudo na mala de higiene e meti o cinto. Começou ali a viagem até ao aeroporto. Demorou cerca de 2 horas. Tive de me despedir dos meus pais no aeroporto, pois eu ia diretamente para Londres e eles iam para a Irlanda. Nunca tinha estado longe dos meus pais. Ia ter imensas saudades. Mas precisava de sair do colinho deles. Precisava de tomar conta de mim, sozinha. A viagem no avião demorou sensivelmente 4 horas. A maioria das pessoas comeu as coisas que as hospedeiras nos trouxeram. Eu tive de comer as sandes que a minha mãe me preparou, pois era o que indicava na dieta. O avião aterrou. E depois de reunir todas as malas, chamei um táxi, ele levou-me até à morada da casa do Niall, em Londres. O taxista disse que a viagem demorava cerca de 2 horas. Confesso que aquelas 2 horas pareciam anos. Eu apenas olhava pela janela, na esperança de ver o Niall á porta de qualquer uma daquelas centenas de casas. O táxi parou e sai do carro, apressada. Á minha frente estava uma casa enorme. Tinha um jardim gigantesco. Mal podia acreditar aquela ia ser a casa onde iria passar muitos anos da minha vida. Vi a porta abrir e os meus batimentos cardíacos aceleraram de uma forma inigualável, a minha barriga deu 4582 voltas e as minhas mãos ficaram frias. Avistei um rapaz loiro e não soube o que fazer. Ele estava ali. Mesmo á minha frente. A uns meros passos de mim. Correu até mim e abraçou-me com força. Foi o melhor abraço que alguma vez recebi. 

- Tinha tantas saudades tuas. – Ele sussurrou ao me ouvido. 

Os meus olhos inundaram-se por completo. Mal podia acreditar. Estava nos braços dele. De novo. Ouvia a sua respiração. Sentia o seu cheiro. Estava segura. Nos braços dele, todas as dores passavam, todos os problemas sumiam e todas as lágrimas secavam. Abracei-o com força, circulando o seu pescoço com os meus braços, pousei a minha cabeça no seu ombro e ouvi-o suspirar. Ficamos imunes, como se pudéssemos ficar ali, durante horas e horas. Como se nada á nossa volta fizesse sentido. Eramos apenas nós. Pensei que nunca mais fosse sentir os seus abraços, que nunca mais iria sentir o seu cheiro a misturar-se com o meu, pensei que nunca mais iria poder tocar-lhe, sentir os seus braços circularem a minha cintura e as suas mãos agarrem-me como se eu fosse feita de vidro. Pensei que nunca mais iria poder estar do seu lado. Afastamo-nos lentamente. Ele tinha um enorme sorriso na cara o que me fez sorrir também.

i love you more than food (pt)Onde histórias criam vida. Descubra agora