Capítulo 2

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Acordo fraca olho para os lados e vejo Damon estirado no outro sofá com os olhos fechados parecia estar dormindo, um barulho na cozinha me faz levantar meio zonza e ir até lá quando chego vejo vários corpos de pessoas estirados no chão mortos e meu pai sugando o sangue de uma mulher, eu estava horrorizada então corri até a mulher dando tempo de salvá-la e dei um pouco do meu sangue a ela olhei bem fundo em seus olhos e pela primeira vez tentei fazer controle mental.

- Esqueça tudo que viu, vá para casa descance e por favor não morra. - implorei

- Não morrer. - repetiu ela, havia funcionado

Ela saiu pela porta dos fundos e eu olhei meu pai de cima a baixo com nojo, eu tinha que ir embora. Tinha que sair daqui, tinha que levar Damon comigo.
Fui para o quarto correndo e arrumei minha mala, peguei outra a pus algumas roupas do meu pai que ele não usava desde que minha mãe morreu e eu já havia lavado então estavam limpas - coloquei tudo na mala, sapatos, roupas, cremes e etc.
Guardei debaixo da cama elas e desci as escadas indo para a sala, Damon já havi acordado e estava sentado olhando fixamente para o chão, fiz sinal chamando sua atenção e pedi que me seguisse; o levei até o banheiro tranquei a porta e liguei a torneira para fazer barulho e sussurrei meu plano.

- Vamos fugir, eu e você.

- O que ? Para onde ? - perguntou

- Minha mãe tinha uma casa que os pais dela deram para ela, está abandonada e meu pai não sabe da tal. Podíamos ir agora.

- Mas e as malas ? Porque você quer fugir ?

- Eu já arrumei tudo. Porque... - travei

- Hope diga! - insistiu

- Não quero ficar aqui - elevei o tom -, a doze anos eu estou trancada aqui e tive que aprender e fazer a transformação sozinha e eu nem ativei a minha lycantropia, não aguento mais Damon.

- Hope...

- Eu quero viver!

- Hope...

- Oi ?

- Vamos agora. Você dispista seu pai enquanto eu coloco as malas no carro dele na garagem, pego a chave e te chamo aí gente foge.

- Obrigada. - beijei seu rosto

Seus olhos se encontraram com o meu, e eu queria beija-lo tanto mas e se ele não gostasse de mim ? Só estivesse fazendo isso por caridade ? Ou por pena ? Me afastei...

- Vamos. - destranquei a porta e ele fechou a torneira

Apontei para debaixo da cama e desci as escadas procurando meu pai, o encontrei na cozinha novamente sentado no chão, poderia ter pena mas o que ele fez comigo não podia ser perdoado. Não havia perdão.

Olhei rapidamente para o meu braço antes de descer vendo a marca que antes parecia vibrante agora era nada mas do que um desenho em caneta preta mal feito. O que estava acontecendo ?

Liberte-me da EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora