O dia em que tudo começou

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Acordo. São 8;00h, estou com sono, mas tenho que me levantar. Olho em meu braço e estou atrasada para o café da manhã. Vou até o refeitório e o cardápio de hoje é: pão, queijo branco e leite com aveia. Como estamos em época de colheita, esse mês temos um café bem variado. Como tudo e quando termino, vou até a manutenção, pois após a guerra, os cientistas desenvolveram comandos de pulso, ou seja, toda manhã aparece em meu braço cada horário, e cada coisa que tenho que fazer em meu dia, mas não sei o que aconteceu nesta manhã que só foi registrado o meu horário de café da manhã. Quando chego, o lugar está lotado. É muito raro isto acontecer, pois o prédio de manutenção é enorme, branco e todo revestido em espelhos. Eu entro, está uma confusão, escuto um casal de senhores ao meu lado dizendo que há boatos que monstros estão vindo atacar nossa cúpula, e que por causa deles, a transmissão não está funcionando. Não entendo. Monstros? Como assim? Somos como criancinhas que acreditam em historinhas sobre monstros? Eu particularmente achei uma bobagem. Além do mais, se por acaso isto fosse verdade, ou amenos possível, foi criada uma cúpula enorme e transparente ao redor de todo o país para que protegesse a todos. Apenas não sei do que. Simplesmente ignoro aquilo e volto minha atenção na fila, quando os alto falantes anunciam: ATENÇÃO ATENÇÃO, ESTAMOS COM PROBLEMAS TÉCNICOS HOJE, PEDIMOS A TODOS QUE VOLTEM AOS SEUS LARES E REPOUSEM O RESTO DO DIA.

O que?!Como isso pode acontecer? Faz séculos que usamos este sistema e nada do tipo aconteceu! Ficar em casa repousando? Como assim? Nem sei o significado desta palavra direito. O sistema foi criado, pois os nossos ancestrais eram muito desorganizados, corruptos e não eram unidos, com a implantação dos comunicadores de pulso, tudo mudou, pois um depende do outro para a sua própria sobrevivência, então todos nos respeitamos. Minha melhor amiga, Caroline está caminhando em minha direção com um olhar desesperador:

-Ana!-Diz ela gritando

-Acalme-se Carol! Estou aqui-digo tentando acalma-la

-Voce escutou?! Repousar? Como assim? Oque eu faço?

-Calma!

-Eu ouvi dizer que antigamente tinha um "negocio" chamado "classes sociais" significa, que tinham pessoas que estavam morrendo de fome, enquanto outras viviam no luxo comendo de tudo, tendo que bem entendiam, e se isso voltar? O sistema não esta mais funcionando! Não quero que as coisas voltem a ser como antes! E a colheita? Como vamos nos alimentar se ninguém ir colher os trigos? O que faremos?! –diz ela aos espantos

-Nossa mais você fala em? Acalme-se, o sistema nunca deu defeito, quem sabe até amanhã não voltará tudo ao normal? Não precisa entrar em pânico, está tudo bem, nunca voltaremos a ser como nossos ancestrais. Não repita isso! E  você sabe que informações sobre eles são extreitamente proibidas, então tome cuidado com a altura com que você fala!

-Podemos ir para casa?-Ela responde com um olhar triste, mais ao mesmo tempo apavorada.

Voltamos para casa, bem desorientadas, é estranho não saber o que fazer, e a preocupação é muito grande, pois a maior parte do país nesta época do ano, se reúne para a colheita do trigo, que é a base de toda a nossa alimentação. O dia demora para passar. Sento no sofá, assisto TV. Mas não passa. Somos adaptados, a apenas 2 horas de lazer por dia, ou seja: jogar assistir TV, fazer compras, ler, e é um tempo exatamente suficiente. Mas o dia todo? Não passa.

-Ana! Venha aqui!- grita a minha mãe

Vou até a cozinha.

-Porque não me mandou uma mensagem pelo pulso? Gritar é coisa de velho.-pergunto fazendo piada.

Ela suspira e responde:

-Também não está funcionando.

-Ok...E você, sabe oque está acontecendo? Porque não estão funcionando o dia todo?

O dia em que tudo mudou Onde histórias criam vida. Descubra agora