Vários urros terríveis às três horas da manhã.
Braços ossudos saindo de dentro da terra.
Um cemitério mal assombrado por mortos vivos.
ZUMBIS!!!
Saem dos túmulos seres humanos deteriorados pelos vermes e fungos que os consumiram durante vários anos. O cheiro pútrido das suas carnes mal comidas queimaria as narinas de qualquer pessoa normal. Era insuportavelmente nojento olhar para qualquer um deles: Minhocas saindo pelo nariz, olhos sangrando e pedaços de órgãos saindo pelas orelhas. Algo perturbador, com certeza. Quem havia provocado tal catástrofe? Ninguém sabia. Mas como essa é uma história sem sentido, o motivo pelo qual o apocalipse zumbi começou não interessa, interessa?
Não muito longe dali, num laboratório de um cientista louco de nome desconhecido, o dito cujo trabalhava arduamente numa nova pesquisa: Um descascador de frutas pneumático. O que era isso? Ora essa, eu também não sei, eu sou um gênio por acaso? Poupe-me, eu sou um mero narrador.
Contudo, o cientista estava exausto e resolveu fazer uma pausa para o lanche. Ele pegou a laranja mais lisinha e perfeita que havia por perto e sentiu-se aliviado por ter algo tão delicioso para degustar. Mas como nem tudo eram flores, acidentalmente ele deixou a laranja cair. E adivinha só onde ela caiu? Numa bacia cheia de ácido sulfúrico que o cientista estava usando durante a sua pesquisa. O ácido sulfúrico provocou uma reação na laranja e KABAM! (Sim, essa onomatopeia foi propositalmente idiota). A laranja criou vida e começou a falar assim como um pobre na chuva.
O cientista ficou pasmo com a sua criação. Ele tentou conversar com a laranja, mas ela não lhe deu ouvidos (até porque as laranjas nem têm ouvidos). Ela pegou a maleta de ferramentas loucas do cientista e com elas construiu em questão de segundos uma armadura gigante de duzentos metros de altura (sim, tudo é possível nessa história). A laranja, então, se colocou no topo da armadura, tornando-se basicamente um robô com cabeça de laranja. O seu nome agora era... A Laranja Mecânica!
A laranja saiu correndo do laboratório e no meio do caminho encontrou os zumbis. Eles bateram altos papos e resolveram atacar a cidade em grupo. Os zumbis, assim, seguiriam a laranja aonde ela fosse. E aonde a laranja foi? Para o centro da cidade, onde havia mais pessoas para assustar, obviamente. Não foi necessário fazer nada. Todas as pessoas saíram correndo como se nunca tivessem visto na vida um robô gigante com cabeça de laranja e um monte de zumbis lunáticos. Ora essa, como elas eram covardes. Você é borrão nas calças assim, meu leitor? Porque se você for do tipo que dorme com a mamãezinha linda e faz xixi na fraldinha todas as noites, é melhor dar meia volta, porque agora a coisa vai ficar feia, eu estou falando sério.
A Laranja Mecânica começou a cuspir caroços gigantes e flamejantes de azeitona preta na cidade, semeando o caos. Os zumbis, por sua vez, atiraram morangos nas pessoas. Mas afinal, que prejuízo esses morangos completamente normais poderiam provocar para as pessoas? Acontece que aqueles não eram morangos comuns. Bastava que os morangos encostassem-se às pessoas e todos os seus órgãos iam pelos ares numa explosão multicolorida cheia de confete (e, por favor, não me pergunte onde os zumbis arrumaram aqueles morangos, meu amigo).
Porém, a situação não podia ficar assim. Teria que vir alguém para salvar a cidade, correto? Correto! E quem chegou? O Naruto fazendo o jutsu sexy? O Chapolin Colorado falando os seus bordões que todo o mundo já está cansado de ouvir? O Edward Cullen com a sua típica aura de boiola? A Beyoncé dançando pole dance? Embora todas essas opções fossem possíveis no mundo em que eu criei, não! Não é nada disso. Muito melhor do que isso! Mas daí, você, garoto tarado, me pergunta: "Uai, tio, o que pode ser melhor do que a Beyoncé dançando pole dance? Só se for a Shakira dançando 'Can't Remember to Forget You' sem roupa alguma!".
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More No Sense Of The World
Science FictionVocê está à procura de uma história realista? Então eu sinto muito, mas você clicou no link errado. Essa história que você está prestes a ler é daquelas difíceis de engolir. Completamente incoerente com a realidade, aqui você encontra de tudo. Qualq...