CAPITULO 5

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A bela jovem chega ofegante ao bar próximo a praça mais conhecido de NY. Ela adentra o mesmo rapidamente, e se põe contra o balcão.
- Uma garrafa de Jack Daniel's por favor!
- Ei, calma ai garota, quantos anos você tem? - Pergunta-lhe o barman limpando o balcão a frente da jovem. Sua expressão era de desconfiança, afinal, uma garota daquele tamanho não poderia ser de maior, pensou ele.
- Tenho 17. Agora me dê logo essa garrafa ai vai, juro ser a minha última. - ela disse pegando o maço de cigarro em sua bolsa e colocando sobre o balcão.
Logo pegou o esqueiro, e fora acendendo seu cigarro, levando-o a boca.
- Você diz que será a última, mas aposto contigo que voltará amanhã. - disse ele com um tom de ironia.
A jovem apenas ri, um riso um tanto medonho. Então ela arregaça as mangas da blusa de frio, revelando vários cortes sobre seu braços, cicatrizes, eram inúmeras, não dava para contar. Ela recostou seus braços sobre o balcão, suspiro, e deu um sorriso malicioso. O barman então, aproximou-se de seu ouvido.
- Eu duvido. - sussurrou ele.
- Eu nunca mais voltarei aqui meu caro. Essa será minha última garrafa, esse o meu último cigarro. E provavelmente essa será a primeira e única vez que me verá. Quer dizer, se não acharem o meu corpo após a noite de amanhã. Se acharem, você me verá nos noticiários, não se preocupe. Me dê a porcaria da garrafa! - Ela passava seus dedos sobre seus pulsos sentindo a saliência que ali permanecia de tempos atrás.
O barman ficou aflito, não sabia de fato o que deveria falar diante de tal situação. Então ele deu a volta no bar, e a abraçou, de uma forma quase paternal. Imediatamente ela começou a chorar. Soluçava, e ele a abraçava cada instante mais forte.
- Me solta! Eu tenho compromisso, e você não faz parte dele.- Ela se debateu, até que conseguiu se soltar dos braços do barman. Ela era forte, tinha tamanha força que ele jamais achou que fosse possível.
No dia seguinte, o que o barman temia, aconteceu de fato. Como ela havia dito, saiu em todos as manchetes da cidade, noticiários e tudo mais. Fora o assunto do dia "Corpo de menina encontrado no beco, próximo a um bar no suburbio de NY". Anos se passaram, e o barman jamais se esqueceu daquela menina, baixinha, com olhos azuis, cabelos loiros um tanto bagunçado, magra, e com uma força incrível, que ele abraçou uns 20 minutos antes de se suicidar... Ali mesmo, no bar, fazendo o que fazia de costume, ele chorava, sempre que se lembrava daquela garota.

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