Prólogo -Mad House

215 20 9
                                    

"Eu invadirei seus pensamentos / Com o que está escrito em meu coração"

- Flyleaf, I'm So Sick.


 

A Doutora Harleen Frances Quinzel é uma psicóloga recém-formada da Universidade de Gotham City. Jovem, bonita e inteligente (por mais que tivesse usado de alguns atributos censuráveis para alcançar a formatura naquela universidade corrupta). Uma pessoa esguia, forte e com uma incrível agilidade - o que gerou uma bolsa de estudos em tal universidade. Posteriormente, passou a trabalhar no Manicômio de Arkham, tendo de enfrentar os mais temidos vilões de Gotham City.

- Sua lista de pacientes, doutora. - disse o homem que acredito ser o diretor do lugar. Agradeço enquanto pego as fichas. - Qualquer coisa, não hesite em gritar...

Sabe aquele momento em que você se parece com uma criança prestes a pedir o colo da mãe? Eu estava prestes a pedir socorro. Por cada cela que passava, um calafrio corria por minha espinha. O ar é denso aqui dentro, como se fosse um buraco dentro de outro buraco e assim a diante... E não estou nem na metade do caminho.

- Doutora Quinzel, certo? Muito prazer, eu me chamo Lori Monteclair - uma mulher morena me cumprimenta.

- O prazer é todo meu. -  Retorno e ela faz um gesto para que eu a siga.

Reparo na sua expressão, no seu andar e na forma como respira de modo descompassado. Mesmo tendo quase a minha idade, ela tem uma expressão mais velha, de quem pensa que já viu de tudo na vida e não se surpreende com mais nada. O seu jeito andar é ironicamente bem calculado, mas sua postura não é a melhor, é como se ela estivesse carregando seus problemas nas costas - e assim, os deixando de lado - para resolver os dos outros. Já sua respiração transmite medo - aumenta e diminui o ritmo a toda hora. Por que ela ainda está lá? É evidente que ela não aguenta este ambiente, essa loucura e psicose que percorre cada centímetro deste lugar...

- Então, o que faz uma mulher como você vir trabalhar aqui? - Ela pergunta.

- Como eu? - Respondo.

- Sabe, bonita e em plena consciência de seus atos... Afinal, deve-se ser meio louco para se candidatar a trabalho aqui por livre e espontânea vontade.

- Não sei, talvez eu seja um pouco louca por isso. Mas sempre achei esse tipo de personalidade excitante. - falo apontando para uma cela de vidro ao qual um homem está lambendo a parede de vidro.

- Avisarei logo que, se sua intenção é escrever um livro sensacionalista sobre essas mentes criminosas, você está no lugar errado.

- Acredito que todos merecem uma segunda chance, doutora. Você não acredita?

- Talvez... Porém, com o tempo, você verá que eles não querem uma segunda chance. São psicóticos incorrigíveis, não querem mudar... - ela afirma.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 04, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Why So Serious? - EM EDIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora