PERDOA
Perdoa a voz
a insônia
a memória
Esse aceno ao caos
Esse vento no caisPerdoa a ausência
a falta de riso
dos olhos a mágoa
a saudade doendo
o rio embaixo da pontePerdoa a febre
a ausência
a ferida
Esse aceno sem paz
Esse sol que se esfriaPerdoa
mil vezes
perdoa
Essa mulher que a noite alucina
Esse homem em estado de ilusão.Edmir Carvalho Bezerra