A verdadeira história

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EDWARD
-Fiquem ai- digo a mamãe e Amber- eu assumo daqui
Não quero minhas mulheres próximas da vadia que me trouxe no mundo eu as amo mais que minha vida.
-Tem certeza filho?- mamãe pergunta
-Sim mãe cuida das minhas garotas- digo
Abro o portão da casa simples e humilde, mas em uma linda paisagem repleta de flores.

-Tem certeza filho?- mamãe pergunta-Sim mãe cuida das minhas garotas- digoAbro o portão da casa simples e humilde, mas em uma linda paisagem repleta de flores

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-Alguém em casa?- bato palmas e chamo
Um homem por volta de setenta anos abre a porta ele me encara e diz.
-Entre garoto- diz- Hanna tá terminado o banho
-Obrigado- digo
-Oh rapaz nem me apresentei sou Olavo- diz- Desculpe rapaz sou um velho chucro
-Prazer Senhor Olavo- digo- Meu nome é Edward
-Oh meu Deus filho cê é o príncipe- diz- descurpa arteza- faz reverência
-Nao me trate por príncipe- digo- por favor
-Ta certo rapaz as muié já vem minha véia ta ajudando Hanna com o banho- diz- agora cê fica a vontade que vou matar uma galinha pra canja
Ele sai me deixando sozinho na sala com móveis rústicos e simples, o ar do campo seria maravilhoso se não fosse a porra da mistura de sentimentos que sinto. Será que ela explora esses idosos? Serão meus avós? Porque ela precisa de ajuda no banho? Será uma daquelas madames que nem banho tomam sozinha.
-O meu fiô- uma senhora gorducha e simpática me agarra- Cê muito mais bonito que nos retrato- ela limpa algumas lágrimas
-Olá meu nome é Edward- digo
-Oh mir discurpa- diz- Meu nome é Amelia mas me chama de Lia, vem vou te levar ate Hanna.
Ela me conduz até um quarto e quando abre a porta, me deparo com a figura da mulher que não vejo desde meu nascimento. Mas o que ela faz numa cadeira de rodas?

-Fia seu menino chego- dona Amélia diz fazendo Hanna girar sua cadeira e me encarar

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-Fia seu menino chego- dona Amélia diz fazendo Hanna girar sua cadeira e me encarar.
Ela é ainda muito bonita apesar de seu rosto melancólico, deve ser algum teatro enquanto ficamos nos encarando vejo que Dona Amélia nos deixou sozinhos.
-Sente-se -ela diz- Por favor filho
-Não me chame assim Hanna
-Desculpa- diz
-O que você quer- digo seco
-Contar minha versão- diz- já que nunca tive chance, por favor Sente-se e me escute pela primeira e última vez se preciso
-Fale logo- digo sentando em uma cadeira.
-Quando conheci seu tio Karl ambos tínhamos quinze anos, ele era o garoto mais lindo e educado que já tinha encontrado e me apaixonei. A princípio ele amava outra, sua mãe Rachel que na época era só uma garota de treze anos. Alguns anos se passaram e Rachel conheceu Paul formavam um casal lindo então seu tio disse que iria esquecer Rachel. Nessa época o amor que sentia por ele virou eu acho que amizade e foi aí que conheci John, me apaixonei eu era uma tola de dezenove anos e ele era o príncipe encantado, me mandava flores e tudo então me entreguei a ele. Durante um certo tempo vivi meu paraíso até ele anunciar o casamento com Rachel, fui ao inferno pela primeira vez o meu mundo ruiu. Eles se casaram e continuei com John como sua amante, eu odiava o fato de ser apenas isso enquanto Rachel era a princesa idolatrada. Então engravidamos por coincidência ou ironia do destino na mesma época, eu não queria ser mãe pois havia conseguido um emprego como modelo. E eu estava grávida do meu amante sem nenhuma perspectiva, eu odiava estar grávida, era início de depressão eu tenho o laudo do psiquiatra. Estávamos com cinco meses de gestação e sua mãe perdeu o bebê, então fomos morar numa isolada propriedade então você nasceu.
- E você me abandonou para ser modelo- digo- E meu tio que porra tem haver com isso
-Edward seu pai era um monstro e eu me tornei sua sombra, me arrependo de tudo cada palavra proferida a Rachel e principalmente por deixar você. Seu tio me encontrou um ano depois eu estava na sargeta viciada em cocaína e bebidas, eu me drogava e me prostituía pois estava em depressão profunda.
- E- digo
-Seu tio revelou que me amava- ela chora- ele me salvou pela primeira vez, me tirou das ruas e comprou um apartamento. Foi então que vivi feliz por quatro anos e então recuperada eu quis ter você. Eu havia me recuperado da depressão e das drogas, mas eu tinha que contar a verdade para Karl. A princípio ele surtou e quase me abandonou, mas ele conhecia o irmão e me levou um dia escondido para ver você. Um lindo garotinho loiro e peralta então eu desisti de levar você ao te ver com Rachel ela te olhava com ternura e amor e te beijava, eu tive medo de não ser boa o suficiente.
Seu tio concordou e me contava todos os dias sobre você e quando você estava com seis anos.
-Meu tio sofreu um acidente e morreu- digo
-Eu descobri que estava grávida e ficamos felizes então John descobriu nosso caso, estávamos no carro indo fazer o pré natal quando tudo aconteceu. Um carro preto nos seguia entrei em pânico, mas antes do carro se chocar com o nosso nos fazendo capotar eu vi o brasão da família real estampado no carro. Meu Karl não resistiu já que o impacto foi praticamente do lado dele, eu bem fiquei assim inválida.
A história me mexeu comigo mas eu precisava saber de mais muito mais.
-E depois?
-Caímos numa ribanceira então o carro explodiu, eu fui lançada para fora e seu tio- ela chora- me arrastei filho até o acostamento e apaguei. Acordei dias depois em um hospital simples e não me lembrava quem eu era- diz- e o meu anjo Karl e nosso bebê que não chegou a nascer intercederam por mim, Amélia é muito religiosa e faz orações no hospital local foi então que nos conhecemos e ela praticamente me adotou como filha.
-Eu descobri a verdade quando tinha quinze anos, você não sabe o inferno que foi minha vida eu sofri sem ter culpa de tudo isso. Minha mãe Rachel sofreu e o amor dela me fez viver e seguir em frente
- Eu gostaria de pedir perdão a Rachel antes de partir- ela diz
-Deficiência física não é caso de morte- digo
-Mas câncer sim eu descobri que tenho leucemia- diz- Diga a Rachel que pedi perdão.- ela tira a peruca negra que cobria sua cabeça

Conheço mamãe e sei que se não falar a verdade minha doce Rachel e seu coração de anjo nunca me perdoaria

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Conheço mamãe e sei que se não falar a verdade minha doce Rachel e seu coração de anjo nunca me perdoaria.
Deixo aquela mulher que despertou algo em mim sozinha e saio do quarto, mas ouço seus soluços. Mamãe e Amber estão na sala junto com Dona Amélia.
-Eu já sei de tudo filho- diz- Quero ver Hanna.
Amber limpa uma lágrima em seu rosto vermelho e inchado e me agarro a minha esposa, enquanto mamãe sai para falar com a mulher.
-Amor- minha esposa segura minha mão
-Eu não sei o que fazer minha vida- digo- parte de mim quer dar o perdão e a outra quer pegar o carro é sair daqui
-A parte do homem que eu amo é aquela capaz de perdoar- diz- Edward a decisão cabe a você.

Diário De Uma PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora