Desespero

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Em um belo dia de primavera após o almoço, eu e meu irmão fomos brincar em um bosque atrás de nossa casa. O bosque não era enorme, mas também não era muito pequeno, meio úmido, fedia a algo que eu não conhecia, com varias folhas e galhos pelo chão, com troncos de arvores caídas por toda parte, era complicado andar. Começamos a brincar e o pique estava comigo, Eu gritava "marcooo" e ele respondia "poolooo", e assim a brincadeira continuou com a voz dele se aproximando mais, depois de um tempo, parecia que estava preste a vencer, mas então, tudo escureceu, acho que cai, devo ter tropeçado em um tronco. Pois um tempo depois, eu acordei no chão cheio de folhas úmidas e o sol já não estava acima de mim, ele se preparava para ir embora, descendo atrás da montanha ao que eu pensava ser o oeste, levantei-me e fui trás de meu irmãozinho, gritando "Marco", para ver se eles respondia, por duas vezes que gritei, ele não respondeu, comecei a correr pelo bosque preocupado, pois já escurecia e nossa mãe devia estar preocupada, e como mais velho, era a minha á responsabilidade de chegar com meu irmão na hora certa! Passado um tempo, minhas pernas já doíam e minha cabeça, latejava. Resolvi ir para casa, afinal, era ali perto, e ele podia muito bem ter ido embora por eu ter demorado, não era a primeira vez que ele iria fazer isso. Conforme andava, me aproximava de casa e a noite chegava. Logo, quando eu estava perto de casa, eu o ouço gritar ao longe, e sem pensar duas vezes, vou a sua procura. Volto a gritar "Marco" e ele responde com um "polo", e novamente fazemos isso por um tempo, e a voz dele ia se aproximando, mais e mais. Andei até chegar a uma espece de clareira não muito grande, e então quando olho para minha frente a procura de meu irmão, eu o vejo, amarrado com uma corda no pescoço em uma arvore, com sangue escorrendo pelo seu corpo, e abaixo uma pessoa de porte pequeno e cabelos negros, me aproximando mais, me dou conta de que aquele não era meu irmão. Era eu. E a pessoa de porte pequeno, meu irmão. Mas aquele também já não era mas meu irmão, ele tinha um sorriso que ia de orelha a orelha e uma faca suja na mão, com olhos tão escura quanto a noite que se apossava do bosque. Olhava para meu corpo ensanguentado. E a noite caiu, como um véu negro, trazendo, dor, perdas, desespero, medo e a morte.

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