Capítulo Um - A chegada.

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Quando eu era pequena sempre ouvir histórias clichês sobre seres aterrorizantes, que para sobreviver neste mundo, necessitavam saciar a sua sede. Até aí, não seria um problema tão gigantesco assim. Mas a questão é que a sede que sentem não é uma sede de água, mas sim de sangue.
Alhos, cruzes, "Eles não entram sem ser convidados". Dentes afiados, discretos, solitários, depressivos, não são seres humanos normais, são... vampiros!

Eu venho de uma geração de mortais é claro! sou uma humana. Porém, existe um detalhe. As histórias que minha avó me contava antes de morrer era que antes eles haviam retornado depois de muitos anos, e que eles desapareceriam, e foi o que aconteceu. Naquela época existia dois grandes grupos. Os vampiros e os lobos. Então ocorreu uma guerra entre lobisomens e vampiros, onde os lobos saíram vencedores, assim, colocando em extinção os bebedores de sangue.

Após a morte da minha avó e a separação dos meus pais, no caso, nem separação ocorreu pois minha mãe fugiu com outro homem, eu permaneci morando com meu pai que me criou e fez de mim uma grande menina forte para saber lidar com os problemas da vida. Eu sempre achei que ele sabia de algo, porém nunca me contou e infelizmente morreu com este segredo.

Prazer, Maily. Cheguei em Calarte quando fiz meu desesseis anos. A casa dos meus avós parecia um lugar seguro para mim. Era minha família. Mas é aí que está o problema. Durante anos minha família escondeu o temido segredo. Aquele que minha avó me escondeu, que foi provavelmente o motivo para a fuga da minha mãe e a morte do meu pai.

Bem-vindos a Calarte

Era o que estava escrito no letreiro. Mexi no meu cabelo em uma tentativa de me distrair com algo, mas a neve que caía tão bruscamente chamou me atenção. Como pode um lugar nevar tanto assim? O casaco que estava em meu corpo não me aquecia nem um pouco.

De repente o carro parou e tentei falhamente limpar a janela. Abri a porta e me deparei com minha querida avó em um casaco enorme que me causou risos internos.

— Você finalmente chegou! — Lauren não era nem um pouco discreta.

Totalmente sem graça, me aproximei dela.

— Vovó! Que saudade! — me aconcheguei em seu braços abertos.

Tão quente. Tão familiar. Uma sensação de pertencer aquele lugar me tomou conta e acreditei por um instante que era pelo fato de estar com a minha família outra vez, mas infelizmente não era isso.

John, meu querido avô pegou as minhas malas com o motorista e entramos dentro da aconchegante casa.

Sentei e fui servida com uma xícara de chocolate quente.

— Você está uma moça! — se sentou ao meu lado sorrindo.

— Quando foi a última vez que nos vimos? Ah... Dois dias atrás.

Ela se inclinou para soltar uma gargalhada.

Lauren havia viajado para resolver minha mudança para sua casa.

— Espere! você parece um pouco pálida, está doente?

Ela sempre fazia isso.

— Não vó essa é a minha cor. — revirei os olhos ouvindo risadas de John.

— O john preparou o seu quarto e está a sua cara.

Deixei a xícara de lado e sorrir para os dois. Subi as escadas e abri a porta do meu mais novo quarto. Pelúcias. Livros e... Um diário em cima da mesa.
Perfeito.

Uma mortal e quatro vampiros (Retirada: 21/08/2020)Onde histórias criam vida. Descubra agora