Madrugada.
Quase duas horas da manha.
O vento fazia barulho nas árvores e janelas.
Pavor dentro das casas, o medo dominava ate o impossível de dominar.
Todos deitados nas suas camas, fingindo dormir aquele sono vazio e cheio de sonhos.
Por enquanto, a única coisa que se podia ouvir, era a respiração em coro, alguns fora do rítimo, tremendo ao compasso do escuro.
-Para que essas noites? Ninguém dormia, era inútil o que acontecia logo após o por do sol.
Aranhas subiam pelas paredes rachadas pelo tempo, e se escondiam em meio ao breu.
O relógio deu 2:59, olhos arregalados em meio à noite, estes acompanhavam a saga do ponteiro enfrentando os segundos infelizes.
Agarraram-se aos cobertores, tamparam o que pra eles era essencial no corpo e, serraram os olhos.
No meio do nada: Um estouro...Um grito.
Todos abrem os olhos e, asseguram-se de que estão bem, mesmo temendo estarem errados, suspiram de puro alivio, que treme de pura insegurança.
Alguém no meio da madrugada, foi procurar a razão dos gritos perdidos no ar.
-Será que este tem a resposta? Ninguém sabe dizer.
Todos os vivos, durante a ausência do sol, correm o risco de serem eliminados desse grupo.
-Quem será o próximo a tentar decifrar essa incógnita? Alguém terá essa coragem desenfreada? Alguém voltaria para contar o causo indecifrável?
Silencio!...
Outro estouro!
Dois minutos para alguém voltar, ou para alguém ficar.
Ninguém mais chora, simplesmente aceitam o não aceitável, vivem a morte, saltam no escuro, dormem a insônia, curam o medo invencível e esperam...
...A sua vez...
"