PRÓLOGO

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— Bom dia... — Isabella espreguiçou-se lentamente na cama, enquanto Oliver depositava beijos carinhosos em seu pescoço.

— Bom dia, amor. — ele levantou seu rosto para fitar os olhos verdes de sua esposa. — Preparada para o último ultrassom antes do parto? — perguntou sorrindo e acariciando sua barriga avantajada.

— Um pouco nervosa... Eu confesso. — ela respondeu com um olhar assustado.

— Não se preocupe, Bella. Vai ocorrer tudo bem. Não tenho dúvidas! — tentou tranquiliza-la, segurando sua mão e beijando-a levemente. — Vai me deixar olhar para a tela desta vez? — arriscou.

— Olie! Não! — lhe repreendeu, estreitando os olhos e dando-lhe um tapinha de leve no braço. — Eu quero que o sexo do bebê seja uma surpresa! E a Georgina disse que a imagem está tão clara que nem eu que não entendo nada posso olhar, se não quiser descobrir!

— Como vossa majestade quiser! — Oliver fez um gesto, fingindo reverência. Depositou um beijo casto em seus lábios e se levantou da cama.

— Ei, onde você vai? — Isabella perguntou, sentando-se imediatamente. — Ainda é cedo para seu turno...

Oliver pareceu medir as palavras antes de responder, pois sabia que sua esposa não concordaria com o que estava prestes a lhe falar.

— Alex me pediu para entrar duas horas mais cedo para substituir o plantão dele. Disse que depois me cobre quando eu precisar.

Isabella fechou o cenho e bufou contrariada, como Oliver já imaginava. A implicância dela com seu melhor amigo e colega de trabalho era algo que já estava acostumado, pois acontecia desde os tempos de namoro.

— Mas no dia do meu último ultrassom? Quando estou prestes a entrar em trabalho de parto? Pensei que eu já iria junto com você para o hospital! — questionou, nitidamente contrariada.

Ele caminhou novamente até a cama e sentou-se ao seu lado. Tentou segurar sua mão, mas Isabella a retirou imediatamente. Era tão bondosa e compreensiva para algumas coisas, mas para outras, tão mimada e imatura que nem parecia a mesma pessoa.

Oliver respirou fundo e argumentou:

— Nada vai mudar em duas horas. Eu estarei te esperando no hospital, na porta do consultório da Georgina. Eu prometo.

— Mas e se o bebê quiser sair antes do tempo? E se eu entrar em trabalho de parto e você não estiver aqui? E se eu ficar com medo? E se o pior acontecer? — ela pareceu um tanto quanto desesperada, fazendo-o sorrir com a situação.

— Você não está sozinha, amor. — disse com carinho. — Com essa casa cheia de empregados? Não tem por quê ficar tão insegura! Nada de mal vai lhe acontecer em duas horas.

— Mas não é a mesma coisa... Nenhum deles é médico! — ela quase fez beicinho e Oliver pensou se não tinha diante de si uma menina de 13 anos de idade.

— Nesse caso, minha medicina também não vai servir para muita coisa. Esqueceu que sou neurologista? — sorriu.

— Não vou conseguir convencê-lo mesmo, não é? — ela cruzou os braços, irritada.

— Vou pedir para a Judith ficar de olho em você. Ok? Ficaria mais tranquila assim?

— Tenho outra opção que não seja contar com a governanta da casa, enquanto meu marido cobre o horário do amigo folgado e sem noção dele?

— Você vai ficar bem. Vocês vão ficar bem. Agora desamarra essa carranca que nosso príncipe ou princesa está para nascer. — deu um beijo singelo em seu rosto e acariciou levemente sua barriga. — E qualquer novidade, é só me ligar. Bom, preciso tomar meu banho, pois Alex está contando comigo.

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