|| Տℰ Ꮙᝪℂê ℳℰ ᗅℳᗅՏՏℰ || ᴘᴀʀᴋ ᴊɪᴍɪɴ - ʙᴛs

T W O

Acordei com algum barulho que vinha da cozinha, me levantei ainda com os olhos não muito abertos e caminhei até o local,me surpreendi ao ver minha mãe em casa,pelo fato dela já está atrasada para o trabalho então perguntei:

- Mãe. Porque você está em casa? Você não deveria estar no trabalho?
- Não bobinha, estou de folga hoje!
- Ah que legal! Pelo menos ficamos mais juntas. - sorri
- Sim e que tal irmos comprar mais coisas para a sua viagem?
- Sim é uma ótima ideia. Mas que horas são?
- Já são 10h48 da manhã filha! Você dormiu bastante hoje!
- Não parece,eu ainda estou com muito sono.
- É? Mais pode ir se animando e aproveita para ir se trocar!
- Tudo bem mãe... Já estou indo. -voltei para o meu quarto.

Abro meu guarda roupa e não vejo nada então lembro que já tinha feito minhas malas,fechei as portas,e abri uma mala,peguei a primeira roupa que eu achei. Uma calça jeans da cor escura uma camiseta branca e vesti tênis vermelho que estava bem encima de algumas roupas, soltei o meu cabelo e passei uma máscara de cílios.

Fui até a sala e esperei minha mãe. Ela estava linda,com uma calça preta, uma camisa azul marinho e uma sapatilha preta. Olhei para ela e disse:

- Mãe você está linda...
- Obrigada! Vamos?

Me levantei do sofá e peguei o meu fone junto com o celular,e segui minha mãe que estava indo pro carro,abri a porta e sentei no banco da frente com ela,logo saímos do estacionamento do prédio e fomos para a rodovia,o dia não estava muito agradável estava meio frio,peguei o fone e coloquei no celular,a música era suave e tinha um toque mais delicado (does that make sense- BTS) eu estava tão distraída,que só olhava para além do vidro da janela do automóvel.

Estava quase pegando em um sono de minutos,quando,ouço uma buzina de caminhão e um farol em meu rosto virei minha cara para frente e...

Foi tudo tão rápido, eu estava imóvel, não sabia o que fazer,quando vi minha mãe toda cheia de sangue ela estava inconsciente,eu entrei em desespero, tinha muito sangue em todo lugar e barulhos de sirene de ambulância. Cheguei perto da minha mãe que estava sentada do meu lado no carro, adormecida, cheio de machucados sobre seu corpo e um corte enorme na testa que não parava de sair sangue.

- MÃE! MÃE! MÃE POR FAVOR ACORDA, MÃE! AAAAH -eu caí no choro.

Ambulâncias chegaram e tiraram eu e ela de dentro do carro,eu não queria deixar ela,e se ela... Não eu não queria pensar nisso,eu chorava e gritava,eu estava em desespero,parecia que eu estava em um mundo que não tinha mais luz,era tudo escuro e não tinha ninguém para me dar esperança, me joguei no chão e gritei:

- PORQUE? PORQUE COM A MINHA MÃE? AAAAAAAAH! POR FAVOR ! AJUDE MINHA MÃE ELA NÃO PODE. - fui interrompida,por uma enfermeira
- Moça se acalme! Por favor!
- Se acalmar? -sorri ironicamente.-Você quer que eu se acalme! Aaaaaah! É a minha mãe que está alí... Sua cretina. - ia dar uma tapa no rosto da enfermeira quando um homem segurou meu braço.

Ao ver minha mãe naquele estado,eu não sabia pensar em nada. A não ser fugir, mas eu tinha que ficar alí, e esperar minha mãe acordar, fiquei sentada na estrada. Esperei por cerca de 10min até fazerem coisas que fazem quando a pessoa está neste estado,era cada lembrança que via em minha mente, dos momentos em que eu e ela passamos juntas e brigas por besteiras, e eram cada lágrimas que escorriam pela minha face,eles iriam levar ela para o hospital,entrei correndo na ambulância e me sentei ao lado de uma enfermeira, ela viu meu rosto todo marcado por lágrimas e disse:

- Ela vai ficar bem...
- Como você sabe disso? Você não é especialista nisso... Pelo que eu estou vendo,você só é uma enfermeira e não uma médica profissional.

Ela ficou quieta e só colocou um inalador em minha mãe. A ambulância foi rápida e chegamos no hospital 7min depois,desceram minha mãe na maca e correram para dentro, sabia que eu não iria poder entrar na sala que ela seria atendida então corri para dento do hospital e me sentei brutalmente na cadeira,coloquei minha cabeça em minhas pernas e tentei me acalmar por mais que fosse impossível. 3h depois um médico veio até mim e disse:

- Você é a filha da... -interrompi ele
- Mi ka?
- Sim!
- O que aconteceu com ela? Ela está bem? Né? -meus olhos encheram de lágrimas.
- Não! Ela infelizmente faleceu! Tentamos de tudo mais a batida foi muita forte e atingiu muito ela. Me desculpe...
- Que? Minha mãe está morta? Seus cretinos vocês não prestam. - lágrimas escorriam pelo meu rosto novamente.
- Se acalme moça. Tentamos de tudo!
- Tudo? Se fosse tudo,ela estaria bem... - sai correndo do hospital.

Cheguei na rua,e o que eu mais queria era morrer,viver sem minha mãe... Já não bastava ter perdido meu pai quando só tinha 6 anos de idade e agora minha mãe, minha viagem era amanhã e eu basicamente estava destruída por dentro, era doloroso e não dava para aguentar, fui para uma calçada e sentei,eu não sabia ir para casa eu estava em um lugar aonde nunca tinha ido antes, e meu celular também estava destruído e quebrado,ficar sentada em uma calcada chorando e com dor em algumas partes do corpo era horrível, parecia ser 17h,eu  estava com fome,mas eu não conseguia me mexer, fiquei imóvel pelo fato de eu estar pensando em todos os momentos que eu tive com a minha mãe e também por que eu sabia nem o que fazer. As pessoas passavam por mim e me ignoravam, eu estava machucada, e com os olhos marcados eu estava horrível.

Para piorar a minha situação, comecei a sentir pingos gelados em mim,olhei para o céu e começou a chover,uma chuva forte com ventania, não me importei pelo menos iriam ver como eu estava por dentro, fiquei encharcada e com frio, mais não era capaz de fazer nada, só fiquei apoiada em algo e deixei as gotas de chuva escorrer por mim só abaixei minha cabeça, então senti o calor de outra pessoa alí comigo levantei minha cabeça e não consegui identificar mas parecia um garoto,o mesmo ficou me olhando por um bom tempo, até que ele tirou o casaco que ele vestia era grande ele se aproximou e me cobriu, chegou mais perto do meu ouvido e disse:

- Fique bem...

Ele se virou e saiu correndo. Fiquei sem reação, peguei o casaco dele e tentei me esquentar,pelo menos  alguém foi útil. Até que senti uma tontura e minha pele esfriou e logo vi uma escuridão e cai sobre o chão.