RoseMagic

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Subiram pela ponte, em caminho aos céus. Clara teve que admitir que estava com muito medo, pois a ponte era bamba e não tinha onde se segurar, passando por cima de um mar muito bravo e rumo aos altos céus.
Enquanto andavam, Clara puxou assunto:
-Ei, Maya, onde você mora?
- Bom, nós fadas, como tu me chama, não temos lar. Nosso lar é o verde. As florestas, os ares. Podemos facilmente se alojar em qualquer lugar.
- Que interessante. Isso quer dizer que pode ir para qualquer lugar sem preocupações de voltar para casa.
- Sim é muito bom... Ei, você não está cansada?
- Estou um pouco. O caminho está sendo longo, não parecia muito lá de baixo.
- Deve ser muito ruim andar com essas gravetos.
- Que gravetos?
- Essas coisas ai coladas em você, que servem para andar?
- Hahahah. Minhas pernas?
- Deve ser. Não sei o que são pernas kkk
- Não é ruim, mas cansa muito.- Disse Clara, ainda rindo um pouco de seus "gravetos"
- Tu não gostarias de ter asas?
- Sonho haha
- Posso lhe dar um par delas! Que cor escolhes? Dai tu não cansaras tanto, voar é fácil.
- É serio? Oba! Pode ser lilás?
- Claro!
Clara sentiu uma coceira nas costas, e ali nasciam asas sob medida para a jovem, asas lilás. Ela se sentiu em um sonho, onde tudo era possível... E era ali mesmo que estava. Em um sonho.
Não foi difícil aprender a voar, e aos poucos foram subindo a ponte, voando e conversando. Logo, chegaram.

Era mágico. Sabe aquelas histórias infantis em que até o ar fala? Então. Estava em uma dessas histórias.
Logo na entrada da cidade, havia uma grande placa:
"Bem vindos à RoseMagic, a cidade da magia!" e em letras miúdas "Onde tudo é possível."

Todo o povo dali (fadas, elfos, animais, árvores e tudo que se imaginar) era muito simpático. A maioria que vira não conseguiu decifrar bem o que era. Eram muito diferentes e estranhos.
Logo na entrada, Maya se afastou um pouco para conversar com uma árvore, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Clara começou a caminhar pelo lugar, e a cada passo que dava recebia um "olá", muitas vezes de animais ou fadas.
Então avistou um peixe. Um peixe fora d'agua, andando, de terno e gravata. Aquilo era muito, mais muito estranho e também engraçado. Ele veio em sua direção.
- Boa lusys! Por sua aparencia, percebo que vens de outro planeta! De onde tu és?
- O que é lusys? Venho da Terra.
- Ah sim, muitos daqui são deste planetinha. Lusys, em seu paneta, se não me engano significa dia! Bom dia!
- Oh, sim. Bom dia!
- Quer conhecer meu reino?
- Seu?
- Sim. Não vê minha co... Ops, acho que hoje saí sem minha coroa. Que distração! Mas enfim, sou o rei daqui. Mas não se preocupe, não sou como aqueles reis de seu planeta, que mandam em tudo e fazem o que bem querem. Ser rei aqui é simplesmente ser uma pessoa responsável pelo reino, sem idolatração por favor! Me chame de Lodso!
- OK, Lodso. Eu adoraria conhecer seu reino!
-Então venha! Vamos voando!
E então o peixe simplesmente tirou pequenas asas para fora e saiu voando.

Do Outro Lado Do EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora