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Faltava pouco para chegar ao táxi, corri mais uns metros e cheguei a tempo de pedir a minha viagem de dez minutos até ao trabalho.

Falei com o motorista, abri uma das portas traseiras e sentei-me no banco, pousando a mala a meu lado.

Dei todas as indicações necessárias e logo ouvi o GPS indicar o caminho mais curto.

O táxi arrancou, pude ouvir o motor, e o rádio que reproduzia uma música aos soluços, o sinal estava fraco, suponho.

Ouvi o meu telemóvel tilintar, era sinal que recebera uma mensagem.

Abri a mala e procurei por ele, vasculhando pelo interior.

27 minutos

Peguei no telemóvel e li a mensagem que recebera.

"Sai do táxi"

Achei estranho o que acabara de receber, mas como não tinha qualquer lógica acabei por ignorar, voltando a colocar o telemóvel dentro da mala.

26 minutos

Mas arrependera-me no minuto seguinte do que fizera, o táxi onde eu estava foi assaltado por 4 tiros que perfuraram o seu interior, baixei-me atrás dos bancos, procurei na minha mala pelo verniz vermelho que trazia sempre comigo e despejei-o por completo em cima de mim, deitando-me de seguida sobre os bancos.

25 minutos

Rezava baixinho para que tudo ficasse bem, ouvi algumas gargalhadas do lado de fora do carro que depressa fugiram ao perceberem que tinha morto o condutor.

Abri os olhos quando deixei de ouvir aquelas vozes medonhas que me arrepiavam com a curta distância ao meu corpo.

Mas o que é que se está a passar?

27 MINUTOS : ngOnde histórias criam vida. Descubra agora