Prólogo

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O sol saía no horizonte e seus raios aqueciam a grama coberta por uma pequena camada de gelo, depois de uma longa e dura madrugada fria, "como em um daqueles cartões postais", em Breda, na fazenda Boudewyn's, dos irmãos Van Gramberg Boudewyn's, Johnny o mais velho que já foi um homem honrado, por trazer uma boa economia a cidade depois de anos na miséria, começou a ficar estranho depois de uma viagem de negócios que fez a Alemanha, e Ronnie o mais novo, que continua sendo gentil e bondoso e ate hoje tenta entender os estranhos atos de seu irmão, o que fez .
Depois de uma noite fria, a mais fria que os cidadãos da cidade já enfrentaram, Finn o caseiro da fazenda, mesmo naquele frio era obrigado a ir em uma caminhada matinal que fazia quase todos os dias com alguns outros funcionários, atravessando o campo de um lado a outro, para chegar na parte dos plantios e observar as plantações de batatas e entre outros tipos de tubérculos, que iam desde uns 100 metros apos o rio, que atravessavam por uma ponte de madeira, "porem forte o bastante para carregar cargas pesadas", e acabava perto do final das terras, só que exatamente neste dia os outros haviam saído no dia anterior para uma entrega grande que seria feita no país vizinho, como sua moradia era a que ficava mais perto da plantação, foi designado a tomar conta do plantio. Pegou sua roupa mais quente e saiu, naquele momento o sol aliviava um pouco as pequenas brisas geladas, que mais pareciam com agulhas muito finas entrando nas partes descobertas do seu corpo, no meio do caminho antes de atravessar a ponte, a uns 50 metros do rio na margem contraria a da plantação, avista um dos estábulos aberto, o mais simples do lugar, onde ficavam alguns cavalos e carroças para o deslocamento de sacos de batata de um lado para o outro. Achando que havia sido invadida por ladrões sorrateiros, remove sua arma da cintura, que trocou por uma joia de família por causa dos rumores de guerras que se aproximavam que Johnny e alguns fazendeiros comentavam pelos cantos e por sorte ouvia. Ele vai pela lateral daquela construção de madeira de forma rápida e silenciosa, ao avistar uma figura jovem, um rapaz que aparentava ter entre 20 a 23 anos, jogado no chão, sem roupas e com cicatrizes longas na lateral de seu tórax, como se ele tivesse passado por algum tipo de tortura, ele observa por alguns segundos tentando imaginar como ele foi parar ali.

-Quem será ele? -Pergunta para se mesmo com cara de espanto. -Nunca o vi pelas redondezas. -Finn sai rapidamente para fora imaginando que os responsáveis ainda possam está por perto, aponta a arma para todos os lados, quando escuta o rapaz gemendo atordoado e com muita dor, corre rapidamente para perto do jovem. Ao aproximar-se do corpo estendido sobre os fenos, ele checa o pulso e a temperatura. -Está queimando em febre!

-Hummm!! -O rapaz desperta lentamente -Onde estou?...
-O senhor está na fazenda Boudewyn's. -Finn responde enquanto pega um lençol verde-escuro que se encontrava pendurado sobre a porta, que ele usava para deitar no campo e observar as estrelas em noites de céu limpo, e usa para cobrir o rapaz. -Quem fez isso com você?
-Eu... não sei... -O rapaz começa a fechar os olhos lentamente.
-Espere!! Aguente mais um pouco, vou levá-lo para um lugar melhor. -Finn levanta-se rapidamente prepara uma das carroças e carrega o rapaz pelo braço.
-Qual seu nome? -O caseiro pergunta enquanto bota o jovem na parte de traz da carroça.
-Lu... Lugh Ludwig... -O rapaz responde antes de desmaiar por completo.

Ao chegar em sua casa, pequena e simples, ao oeste da casa principal dos irmãos, onde mora com sua irmã Emma.
-Emma, ajuda aqui! -Já tirando Lugh da carroça ainda enrolado no lençol para que Emma não visse a sua nudes
-Haaaaaaaaaaaaaaaaaa -Emma grita assustada ao ver a cena de seu irmão carregando um homem quase nu e desacordado -o que você fez Finn? -imaginando ela que Finn tinha se envolvido numa briga ou algo pior.
-Eu não fiz nada Emma. -Finn responde ligeiramente indo em direção a porta. -Eu o encontrei no estábulo desacordado
-Quem é ele?
-Me ajuda aqui primeiro.
-Ela hesita por um momento, mas acaba ajudando.
Eles levam Lugh para o quarto que ficava nos fundos para que pudesse descansar e recuperar-se.
Na manhã seguinte, Finn levanta mais cedo e antes de sair para o outro lado da fazenda ver a plantação, diz para Emma "faça alguma coisa para ele comer e quando ele acordar entregue-o."
-vai me deixar aqui com um estranho bêbado? -A garota diz apreensiva -nem sabemos de onde ele veio, só sabemos o seu nome e se esse for realmente o verdadeiro nome dele.
-Não se preocupe do jeito que ele estava ontem não estava com cabeça para inventar um nome, e nem vai conseguir se levantar direito, estou achando que ele não estáva bêbado...
-E o que você acha que foi? -Emma fica com um olhar de duvida.
-Não sei... Estou achando que ele foi dopado. -com um ar mais de certeza do que de duvida.
-em tempos de rumores de guerra muitas coisas acontecem minha irmã.
-Hum... -A garota fica assustada só de pensar que uma guerra se aproxima.
-Emma, vou chegar mais tarde hoje, depois do trabalho vou no centro da cidade ver se acho algo sobre ele. -Emma fica parada na sala olhando seu irmão sair e fechar a porta, e continua ali pensando estatelada olhando para o relógio como se tivesse hipnotizada, era 4:36 am.

EmmaOnde histórias criam vida. Descubra agora