Capítulo 2

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Kinae.

Shinato e eu trocamos olhares confusos.

― A senhora está brincando, não está? ― perguntou meu irmão dando uma risada.

― Imaginei que não fossem acreditar. ― decepcionou-se nossa avó.

― Mas, vovó... E esta caixa? A senhora disse que para vermos o conteúdo dela, deveríamos ouvir a história. Por quê? ― perguntei.

Vovó soltou sua xícara na mesa e pegou a caixa.

― Depois de muitos anos, eu finalmente tive meu sonho. ― vovó deu de ombros. ― Mas só me foram revelados dois escolhidos... ― ela fez uma pausa e olhou em nossos olhos. ― Vocês.

― Nós? ― olhei para vovó, incrédula.

― É... Vocês.

― De tantas coisas que pensei que fizesse em meu futuro, nunca me ocorreu a ideia de colocar na lista "carregar uma besta no pescoço." ― Shinato olhava algum ponto no chão.

― Para provar a vocês que não estou doida, ― vovó destravou a caixinha ― vejam.

Haviam cinco amuletos de ouro. Os pingentes eram dourados, e em cada um, havia um desenho diferente.

― São lindos. ― falei.

― E poderosos. ― vovó piscou para mim.

― São de ouro mesmo? ― perguntou Shinato.

― Sim, são. ― vovó pegou um amuleto que continha um animal parecido com uma raposa. O fogo que formava o desenho, na verdade.

Ela levantou-se da poltrona, com o amuleto.

― Este é seu. ― disse ela colocando-o em meu pescoço. Quando o pingente entrou em contato com a minha pele, iluminou-se com uma luz vermelha. Senti como se algo tivesse me fortalecido, de repente. Então, o amuleto voltou ao normal.

Olhei para ela, assustada. Ela riu.

― É assim mesmo. ― disse vovó. Em seguida, pegou um outro amuleto, cujo desenho não consegui identificar. ― Este é seu, Shinato.

Quando ela colocou o amuleto em meu irmão, o pingente se iluminou com uma luz laranja. Shinato fechou seus olhos, sentindo a sensação que eu sentira segundos atrás envolvê-lo.

― Ainda acham que estou brincando? ― vovó riu.

Nossa avó achou melhor irmos para casa pensar sobre isso. Instruiu-nos a não contar a ninguém nada disso, a história deveria ser mantida em segredo.

Já li diversos livros assim, onde coisas que não deveriam existir, existem. Nunca pensei que uma coisa destas poderia acontecer comigo.

― Por mais que a prova esteja diante de meus olhos... O amuleto tenha brilhado e tudo mais, ― começou meu irmão. ― não consigo acreditar completamente nisso.

― Nem eu. ― sentei ao lado de Shinato na cama dele. Para mim, vovó estava delirando.

― Vovó pediu para mantermos os amuletos em segurança, sem contar nada. ― disse ele. ― Só que se contarmos isso a alguém, com certeza pensarão que temos problemas.

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2020 ⏰

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