Capítulo 6

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A gente nem entrou no baile e o que mais tinha era lança, bala e os caralho a quatro, já fiz minhas comprinhas, se tudo sair como planejado, eu saio desmaiada ou morta dessa porra.

–Não usa essas porras juntas se não tu vai ficar Alice ein?–concordei fingida, eu quero mesmo é ver o chapeleiro bebê.

Comprei uma vodka e já soltei minha balinha no copo que eu ganhei de graça do vendedor, reclamar que eu não vou né???

–Você vai aonde?–perguntei e ele me encarou

–Comer buceta né, olhar pra tu que eu não vou–foi grosso e eu já nem liguei

–E eu? Posso pegar alguém sem ninguém saber?–perguntei e ele me puxou pelo braço

–Não dar de maluca que eu sou mais louco ein? Fica na sua aí, dança, bebi, só não sai daqui agarrada em macho–avisou

–porra, que ideia idiota do caralho de dizer que sou tua mulher, vão me passar de corna e nem uma sentada eu vou poder dar, aqui só tem gostoso–olhei um pretinho agarrado no fuzil

–ih garota, vai tontear?–puxou meu queixo pra olhar pra ele e parar de olhar o gostoso do lado

–ué meu filho, olhar eu posso–falei e ele me encarou e enfiou a mão no meu cabelo e me beijou e é ÓBVIO que eu neguei, não tinha nem condições de beijar esse garoto que só me trata MAL, quando ele parou de beijar SOZINHO, ele me encarou e riu.

–Vai te poupar de dar fora nesses machos–explicou rindo–boca gostosa–falou saindo de perto de mim

Ok, beijou sozinho, mas beijou gostoso, pena que é um merda.

comecei a tocar os pesadão, e eu só na onda sozinha, animadona estava

–Ô, é tu a Júlia?–concordei rindo, tava já bem na onda

–Fael mandou avisar, que qualquer coisa, tu me procura jaé? Eu sou a Bruna–falou e eu concordei de novo

–Ta de boa?–perguntou e eu concordei rindo e começou a minha música

–Toma na xereca na xereca vai tomar–coloquei minha bebida no chão e me armei dançando bem loucona mesmo, até bater cabelo eu batia, quando a música acabou fiquei até com as pernas doendo.

Peguei meu lança que tava guardadinho no meus peito e baforei com força, pra onda bater forte mesmo.

Dito e feito, quando bateu já fiquei vendo tudo confuso, mas ainda sabia que meu nome é Julia e porquê eu tava no alemão, então bebi pouco ainda.

As horas se passaram e se antes eu tava louca eu não sabia mais o que eu tava. Chegou um garoto em mim e eu quase pegava ele mas ainda tava lúcida, porquê lembrei do desgraçado.

Sair tombando em um monte de gente procurando a Bruna ou o Fael, mas não achei nenhum dos dois.

–Ô, você sabe onde tá o Fael?–perguntei a um menino que tava com o fuzil

–ih mina, se eu fosse tu queria nem saber em–avisou olhando pro canto do baile, que parecia levar a um quartinho, sai tombando em tudo e em todos até chegar, esse quartinho era fora da quadra, tinha que dar a volta pela frente, mas eu que não vou voltar.

Tinha uma abertura nas grades que fechavam a quadra, bem pequenininha, e eu fui passar por lá mesmo, demorei? Me sujei? Me arranhei? Sim, mas o tanto de droga que eu usei tava sentindo era desgraça nenhuma.

Bati na porta que era de madeira velha e ninguém abriu, só ouvir gemidos e eu que sou atrevida, me enfiei assim mesmo.

–oi–rir vendo o Fael comendo uma menina de quatro enquanto a menina chupava outra e uma ficava beijando a boca dele

–Isso que eu chamo de disposição, tá de parabéns–rir e eu tenho certeza que em algum momento eu ia me arrepender dessas risadas

–Que porra cê tá fazendo aqui caralho?–perguntou saindo de dentro da mina e se cobrindo

–Eu já vi seu pau tá, nem adianta esconder–gargalhei e ele sério tava, sério permaneceu. As meninas com ele só me olhava, uma puta e outra nem tanto, acho que queria me convidar

–Me deixa participar vai–falei fazendo que ia tirar o vestido e ele levantou no pulo agarrando minha mão

–Não vou te comer bêbada–me encarou  ainda segurando meu vestido

–Você pode ver–sorrir pra ele que estalou a língua no céu da boca

–você tá louca porra, fica quieta–falou e vestiu só a calça e saiu me arrastando

Vendida (POR UMA APOSTA)Onde histórias criam vida. Descubra agora