Ela me traz paz, e eu nem sei se ela sabe... Ela não
deixa só o cheiro espalhado pela roupa e pelo
quarto; deixa o sorriso estampado na cara e a
alma tão leve que quase tenho que buscá-la no
céu. Transforma o cinza em azul, ou qualquer
coisa brega que dê para se entender. Ela me
tumultua para me acalmar. Não sei se faço o
mesmo por e com ela. Porque nunca naveguei em
águas calmas e meus olhos são cheios de
mistérios, aflições e tenho esse meu ar meio
melancólico. Mas mal sabe ela que sou feliz,
porque deitar ali um segundo só já é sonhar,
porque ouvir a sua respiração pertinho da minha
recupera qualquer fôlego. Sou feliz por agora
escrever pieguices e não querer de forma alguma
apagar cada palavra. Meu romantismo antes
vagabundo agora é todo dela, e eu acho que ela
nem gosta dessas coisas. Eu também não gosto. É
que ela é ela, ela acerta o tom, a medida exata da
paz. E tudo bem, lá fora todos estão se matando,
até a polícia resolveu matar. Mesmo em tempos de
guerra, ela só me dá vontade de falar em paz... E
dizem por aí que estar apaixonado é estar
alienado.