Recaída 2/2

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Abriu os olhos de forma sonolenta, sua cabeça doía e seu corpo estava dormente. Olhou ao redor e viu Junhoe sentado numa cadeira ao lado da cama mexendo no celular.

- Jun? - chamou-o.

- Key? Finalmente acordou - ele sorriu bloqueando a tela do celular - SooYoung, ela acordou.

- Ai que bom. - a mulher entra no cômodo e se dirige apressadamente a mais nova - Como se sente querida?

- Acabada. Mas é assim mesmo - olhou para o teto e sentiu os olhos marejados - O... O Bobby... Ele viu tudo, né?

- Viu... Mas você não tem que ficar pensando nisso. Ele é um bom rapaz - respondeu.

Colocou o braço em cima dos olhos, chorando silenciosamente.

- É por isso que eu não queria voltar a ter amizade com ele. Não queria que me visse assim... Principalmente agora, Soo. Eu... acabei me apaixonando pelo Bobby. E dói tanto não conseguir ser o melhor para ele, ter medo das coisas... Me sinto uma inútil. Não quero que ele tenha um fardo como esse.

- Pare com isso, Key! Tenho certeza que ele não te considera um fardo. O Bobby se preocupa com você, ele mesmo disse que te esperaria.

A ruiva se levantou e pegou um casaco que sempre deixava ali quando ia visitar a mais velha. Os dois amigos lhe olhavam atentos, preocupados.

- Não quero que ele me espere.... Eu só quero o melhor para o Bobby, e eu não me incluo nisso. Obrigada por cuidarem de mim, fico lhes devendo essa. - saiu pela porta da frente e desceu as escadas, abriu um portãozinho, saindo para a rua.

Passou numa pequena loja e comprou algo de seu interesse. Caminhou uma longa distancia até chegar a um lugar aberto, com algumas arvores e vários tipos de vegetação. Sentou na grama e bagunçou os cabelos de frustração, por mais que evitasse, estava se martirizando e isso lhe fazia ficar ainda pior.

Olhou para o saco plástico onde continha o produto que havia comprado. Não queria fazer aquilo, mas estava estressada demais e acabaria fazendo algo pior se não fizesse.

Tirou a pequena caixa do saco e de lá retirou um cigarro. Colocou-o na boca e o acendeu com o isqueiro que também havia comprado. Deu uma tragada e alguns segundos depois sentiu o efeito da nicotina em seu corpo. Nenhuma outra substancia legalizada causava a mesma sensação de relaxamento e prazer tão imediatamente e com baixo custo. Acender um cigarro tinha um prazer especial, especialmente se passa um bom tempo sem fumar, como é o caso de Keiko.

Claro, ao mesmo tempo em que gostava, odiava aquilo.

Tinha prometido a si mesma que pararia com aquele mau hábito, mas devido às circunstancias não pôde evitar. Era seu único meio de escape para a dor que tanto lhe afligia. Acabou derramando algumas lágrimas ao pensar em seu amigo, não as limpou... Deixou que escorresse, em seguida sorriu de forma triste.

O que a ruiva não sabia era que seu amado, do outro lado da cidade, chorava em sua residência por se sentir incapacitado de ajudar à amiga.

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No dia seguinte Keiko não foi à escola. Nakata e B.I se preocuparam, principalmente quando Jiwon chegou atrasado com um capuz cobrindo a cabeça, tentando disfarçar os olhos inchados.

- Cara... Está tudo bem? - B.I perguntou quando seu amigo se sentou.

- Uhum - respondeu, abaixando a cabeça.

As aulas passaram lentamente para o de dentes tortos, não prestou em nada que era falado.

Assim que bateu o sinal do último horário, o mesmo recolheu o material e saiu apressadamente.

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