Acordei.

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Inferno.O marrom sempre me atormenta pela manhã, aliás, sempre. Me chamo Berkelley Mangastter. Tenho dezessete anos e moro com meu pai , infelizmente.
Costumo acordar na hora do almoço. Odeio minha vida. Odeio meu quarto, minhas rotinas, meu pai, o Marrom. Tudo. Já acordei com o humor pior que ontem, hoje é meu terceiro dia de aula aqui nessa cidade chata. Eu preferia a outra, pelo lá eu tinha a vovó Ana, e aqui não tenho ninguém.
Sou revoltada. E tenho milhões de motivos, ao quais explicarei mais pra frente...não costumo falar com meu pai , as vezes respondo uns "Ok" ou " De boa" e por aí vai....toda essa minha revolta começou na adolescência; foi quando mamãe morreu, e meu pai deixou de me dar atenção. Me sinto só de vez em sempre, mais busco preencher esse vazio todo com uma música me surdando nos fones e com....bem...com cortes. Eu não escolhi me mutilar, na boa...foi minha única opção. Depois de gritar com o Marrom e tomar um banho, vesti uma calça preta , um moleton e meu all stars favorito. Desci e meu pai já estava tomando café.
Pai: Bom dia, filha!
Eu: De boa...
Pai: Bom...já vou trabalhar. Até mais!
Eu: Ok.
Tomei café e fui pro carro. Meu motorista me levou até o Colégio, mal cheguei e a Meg ( Uma garota maluca que desde o primeiro dia de aula diz que somos amigas) correu e me abraçou, e velho na boa...ODEIO ABRAÇOS.
Entrei na sala e sentei no fundão como de costume. Teve a aula normal. Recreio. E no recreio eu corri pro lado vazio do pátio e fiquei observando disfarçadamente o Rodrigo ( Uma paixonite, é que eu amo vários caras em segredo. E isso é uma merda).
Cara...sei que os garotos me acham uma esquisitona e tal, e eu já entendi que o tal amor é para os outros não pra mim...mais mesmo assim....meu coração bobo insiste em gostar do Rodrigo. "Ele nunca me notará. .", pensei.
Bom....eu observei ele até que uns amigos dele chegou e a maluca da Meg apareceu do nada também e sentou-se ali perto.
Meg: Ele é tão lindo...
Revirei os olhos.VACA.Odeio sentir ciúmes do que não é meu.
Eu: Ele quem?
Meg: O Rodrigo. Que gato...
Eu estava gritando por dentro. Mais agi naturalmente.
Eu: Você é cega...
Meg: De amor? Ah, sou mesmo!
Eu comecei a jogar um Quiz no celular, na boa...eu já deixei bem claro que prefiro ficar sozinha, a Meg parece se fazer de sonsa e não notar. Ela fala mais que papagaio, velho ...a menina parece ser movida a energia -.-
Meg: Adoro suas mechas brancas.
Eu:Ah...valeu.
Meg:Qual sua idade mesmo?
Eu:Dezessete.
Meg:Sério!? Eu também. Seremos mais amigas ainda. É aí, já acha alguém gatinho?
Velho...eu acharia "gatinho" se ela fosse muda. Na boa...
Eu:Olha...não Tou afim de papo, desculpa. Só quero ficar só.
Ela mexeu nos seus enormes cabelos loiros e saiu meio que....nem aí pro q eu falei.
O sinal tocou...
Antes que eu voltasse pra sala , lá vem a Meg maluca de novo.
Eu: Meg, olha ...eu dis...
Meg: Não vim incomodar! É que seu pai veio falar com você.
Eu:Ah...Ok.
Meg:Ele está no estacionamento. Obrigado de nada!
Sorri forçado e ela saiu. Aí velho o que eu fiz dessa vez, eu não lembro de ter quebrado nada, e nem de ter agredido alguma patricinha por aí.
Me dirigi nervosa até o estacionamento, meu me aguardava lá super sério, tão sério que cheguei a achar graça ( costumo achar graça de tudo).
Eu: O que eu fiz agora?
Pai:Nada, que eu saiba, nada. Só vim avisar que troquei seu motorista. Ele virá busca-lá apartir de hoje.
Cara....se eu for contar as vezes que meu pai troca de motorista, terei que escrever um livro.
Eu:Ah...ok. só isso?
Ele abriu um sorriso forçado.
Pai: Sim, querida. Só isso. Boa aula.
Eu:Ok. Tchau.
Voltei pra sala. A aula foi muito tediosa, fiz um trabalho e tal. O sinal tocou, e enfim sai daquele lugar. No estacionamento um cara estava no carro que é dos motorista (emprestado claro) eu bati na janela pro cara abrir a porta, que lerdo. Ele saiu meio sem jeito e acabou batendo a cara na porta, segurei pra não rir. Meu só contrata gente esquisita...tipo a empregada antiga, que cheirava as calcinhas dela e comia a ração do Marrom escondida...na boa...é cada um.
Cara: Desculpa o...imprevisto.
"Lezado", pensei.
Ele abriu a rota pra mim. No caminho inteiro o cara só cantava e me enchia de perguntas, nunca vi pessoa tão chata assim. Não dei muita moral. Cheguei em casa, almocei e subi pro meu sagrado quarto *0* QUE PAAAAAZ! .
Me joguei na cama, o cansaço me matava...acabei pegando no sono.

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⏰ Última atualização: May 03, 2016 ⏰

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