Caminhei até a saída da casa, tenho que ir embora antes que o dono da casa aparecesse, acho que vou tentar descobrir quem é o indivíduo dono dessa casa depois. Agora meu foco é tirar o novato do meu caminho.
Sai da casa e olhei ao redor para ver se eu me encontrava realmente sozinha ou tinha mais alguém. Sei que estou me arriscando muito em vir aqui nessa casa, mas eu estou estranhamente curiosa em relação a este local.
Já podia ver algumas casas ao longe, sinal de que já estava perto da cidade novamente, seria tão mais fácil se nós pudéssemos voar, nunca me conformei com isso, é muito injusto. Mas enfim, o mundo é muito injusto, e ninguém pode fazer nada pra mudar isso. É inevitável.
A escuridão da cidade me dava um certo acolhimento, é estranho você se sentir acolhido na escuridão, mas eu me sinto assim, tenho certeza que se eu ainda fosse uma humana eu teria medo de escuro, mas com tantos anos na escuridão se escondendo por trás dela você se acostuma, e acaba nem percebendo mais.
Comecei a sentir leves gotas de chuva embaterem contra minha pele fria, que se encontrava descoberta, já que eu estava com uma camiseta sem magas. É raro eu sentir frio, só acontece quando eu estou frágil e debilitada, mas normalmente eu sou muito quente. Eu gosto disso.
Continuei caminhando em meio a leve chuva que caia, eu sinceramente não me importava, na verdade até gostava de chuva, fazia me lembrar o estado de minha alma, pois quando está chovendo geralmente tem neblina e é nesse estado que se encontra a minha mente como um dia de chuva, neblina e escuridão são predominantes.
A chuva já havia molhado o meu cabelo e minhas roupas, mas mesmo assim continuei o meu trajeto, acho que a casa da família não se encontrava para aquele lado, pois eu já estava andando a muito tempo e não tinha visto nenhuma casa parecida ou igual a casa da minha vitima.
Estava passando pela frente de um beco escuro quando vi uns rapazes aparentemente bêbados, eles saíram do beco caminhando e olhando em minha direção, não me abalei e continuei andando.
Eles começaram a assobiar e me chamar, mas continuei andando calmamente sem demostrar nenhum tipo de medo. Afinal eu não estava com o tal.
"Ei gatinha, por que está fugindo de nós?"- um deles perguntou e os outros começaram a rir alto.
Eu parei e me virei bruscamente, comecei a caminhar em direção ao grupo com rapidez. Eles começaram a rir mais ainda e alguns assobiavam e batiam palmas.
Quando cheguei bem próxima a eles, eles pararam de rir, e ficaram calados de uma hora para a outra, eu dei um olhar ameaçador para eles e os mesmo me encararam. Medo era explicito em seus olhares. Provavelmente porque nunca tinham visto uma mulher com os olhos vermelhos e com a boca sangrando. É muito engraçado fazer isso com as pessoas, elas ficam com muito medo de você.
"O que você é?"- murmura um dos garotos olhando em meu rosto com os olhos arregalados.
"Tenho certeza que você não vai querer descobrir..."- digo com a voz grave e posso ver o medo em seu rosto.
Eles começam a correr em sentido contrário ao que eu estava indo anteriormente e eu me viro rindo da cara deles e fazendo meu rosto voltar ao normal. Garotos patéticos.
Continuo meu trajeto e dessa vez sem interrupções de idiotas, tenho que chegar a casa da família antes do amanhecer. Mas eu vou demorar um pouco para entrar na mesma, pois acho que se eu demorar um pouco para entrar ele vai pensar que eu desisti e vai sair da casa por um tempo, e isso vai facilitar muito para que eu possa entrar e pegar a garota.
Chego em frente a casa e ela se encontra toda escura, como se não tivesse ninguém em casa, isso é um plano dele, ele já deve estar me esperando, só que eu não sou tão idiota assim para cair na armadilha de um novato.
Fui me aproximando lentamente sem que ninguém se desse conta de minha presença.
Meu plano era o seguinte, agora eu entraria na casa invisível e lá pegaria a pequena, mas só tem um problema, ele consegue me ver, minha invisibilidade só funciona com humanos e não com anjos, por isso que eu vou ter que ser cautelosa quando estiver lá dentro.
Fui para trás da casa e a porta de trás se encontrava aberta, isso foi um descuido deles, deixar uma porta aberta quando um anjo do mau está atrás de sua filha? Isso não é uma atitude muito inteligente. Felizmente eu não sou eles e por esse motivo que eu vou aproveitar esse descuido.
Entrei devagar na porta que dava acesso a cozinha, olhei para todos os lados possíveis e nenhum sinal dele, ainda bem. Fui cautelosamente até a escada e subi até o quarto da pequena, abri a porta e fui rapidamente a sua cama e pequei-a em meu colo.
"Finalmente!"- murmuro, baixo para que nem ela nem seus pais acordem.
Vou para fora do quarto e começo a descer as escadas rapidamente, a pequena ameaçou acordar, mas não o fez, para minha felicidade.
Assim que chequei a sala me deparei com quem menos queria nesse exato momento.
"Você não desiste nunca, não é mesmo?!"
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Acho que devo desculpas pela demora...
Espero que continuem acompanhando e gostando, isso me deixa muito feliz!
Votem e comentem!
Obrigada por tudo.
Beijos de chocolate!
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Bad Angel ||Styles||
FanfictionPara cada anjo foi determinada uma missão, todos vem a terra com algo predestinado. Para cada anjo bom existe um anjo mau... Todos são escolhidos a dedo, nenhuma passa despercebido, todos são vigiados por seu superior. Eles devem cumprir a sua missã...