Parte 2 - Novo Testamento

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"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." (Hebreus 9:22) 

Lembro que quando vim a esse país com o Sr. Sankey em 1875, recebi uma carta de uma senhora que me dizia que tinha lido sobre nosso trabalho na Europa e estava muito animada e pensava que íamos ser usados nesse país, porem que ultimamente tinha lido um de meus sermões sobre a expiação e tinha renunciado a toda esperança. Dizia: "Onde Jesus nos ensina que somos salvos por Sua morte e sofrimentos? Isso Jesus nunca ensinou." Sabem o que faço quando recebo uma carta assim? Vou a minha concordância bíblica para tirar mais textos e prego sobre a expiação mais que nunca – e se vou a algum lugar em que não crêem na expiação, prego sobre ela mais do que nunca. A ideia de que Cristo não ensinou a expiação é estranha! Se vocês lêem cuidadosamente o Evangelho verão que, em realidade, Cristo não ensinou nada mais que isso sobre o caminho da salvação.

Olhemos o princípio de seu ministério, quando desceu ao Jordão para ser batizado por João Batista. Quando se apresentou, o que lhe disse João? "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" Os estudiosos da Bíblia nos dizem que a partir da instituição da Páscoa, em Israel não menos de um milhão de cordeiros eram sacrificados pelos judeus cada ano para a ceia da festa – contudo, jamais de fala de ―cordeiros‖, sempre do ―Cordeiro‖. Durante mil e quinhentos anos Deus havia estado educando os judeus respeito a esse ponto, e quando João começou sua pregação à naca, exclamou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." 

Que Cristo ensinou para Nicodemos? "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Ele nunca falou, creio, de Sua morte a não ser uma vez, sem mencionar o fato de que ia ressuscitar depois. Um ano antes de ser crucificado, a caminho de Carfanaum, disse a seus discípulos, segundo se encontra em Marcos 9:31 "Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia. Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo." Isso um ano antes de Sua morte. Logo, em Marcos 10:32, lemos: "E iam no caminho, subindo para Jerusalém; e Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se, e seguiam-no atemorizados. E, tornando a tomar [consigo] os doze, começou a dizer-lhes as [coisas] que lhe deviam sobrevir, [Dizendo]: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios. E o escarnecerão, e açoitarão, e cuspirão nele, e o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará." Isso não dá a impressão de que morreria como mártir como se Ele não houvesse vindo ao mundo esperando morrer por um propósito especial. Marcos nos dá saber também da Sua transfiguração. Esse foi o concílio mais importante que se celebrou jamais sobre a terra. Estavam presentes nele Moisés, o grande legislador, e Elias, o grande profeta – Pedro, Tiago e João, que passaram a serem os fundadores da nova Igreja e da nova dispensação – Jesus, o Filho de Deus, e Deus o Pai. Marcos e Mateus nos deixam as escuras, não nos dizem nada do que foi dito, porem Lucas sim nos diz. Diz que falavam de "sua morte, que haveria de ter lugar em Jerusalém". Esse foi o tema que interessava ao céu, e creio que é o mais importante que se possa discutir nesse mundo: o que Jesus Cristo veio fazer nesse mundo, o que sofreu, como sofreu e por que sofreu.

O Sangue - Dwight L. MoodyOnde histórias criam vida. Descubra agora