Capítulo 3

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Melanie

Eu cheguei a pensar que fosse tudo uma simples brincadeira, mas não. Não estava conseguindo entender nada, aquele cara só podia ser louco...

Depois que eu fui levada arrastada pela escada e trancada em um quarto no segundo andar eu até tentei achar um meio de sair dali, de ir embora, qualquer coisa, eu só queria saber direito essa história e como minha mãe estava... o porque de tudo isso... mas não, não tinha por onde sair.

Passei quase a noite toda cordada, não que eu goste de ficar sem dormir, apenas não consegui pregar os olhos um segundo sequer.

Quando nessa manhã acordei com a luz do sol em meu rosto, logo passei os olhos pelo quarto na esperança de tudo não ter passado de um sonho ruim, talvez um pesadelo, mas não. Eu estive acordada por todo esse tempo e tudo havia sido real.

Respirei fundo, me levantando da cama, mal tive tempo de ''explorar" o lugar e fui surpreendida pelo som da porta sendo aberta, logo aparecendo através dela Daniel, ou seja lá qual for o nome do cara que me trouxe pra cá ontem.

- O que está fazendo aqui? - dou um passo atrás. - O que quer comigo? Por que me trouxe pra cá? - cada pergunta eu dava um passo atrás.

Ele ri. Me olha de cima abaixo e, ao me ouvir, tudo o que faz é rir. Engulo em seco, dou mais um passo atrás, sentindo minhas costas se encostar na parede gelada.

- O que você acha? - ele entra e feche a porta atrás de sí, em suas mãos carrega uma sacola de papel em uma cor prateada e com algo escrito em um dos lados, seria o nome de uma loja? - Sabe... - ele caminha na minha direção enquanto fala - eu tive de pagar uma enorme conta de jogo para poder te ter como minha... pena que não poderei ficar com você para mim e realmente te ter pra mim - ele fala já bem próximo a mim, seus dedos tocam a pele do meu pescoço tirando meu cabelo dali. Ele está tão perto que chego a poder sentir sua respiração quente em minha pele.

- O que quer dizer com isso? - pergunto arrepiada. O que droga eu estava fazendo? Neguei com a cabeça colocando as mãos na frente do corpo e o empurrei. - Eu não sou sua... nunca serei.

- Ah, mas é sim - ele diz enquanto segura-me pelos braços, seu rosto a centímetros do meu. - Você é minha agora e pelo simples fato de que eu te comprei. Eu paguei uma divida enorme de jogo pra te ter como minha. Quando você vai aceitar? Quando você vai entender? - ele chega mais perto ainda, se é que isso seja possível. - Pelo menos por enquanto - sussurra em meu ouvido e sorrir saindo de perto. - Agora vista-se - fala, colocando sobre a cama a sacola que antes trazia e a qual tinha posto no chão pouco antes de se aproximar. Logo que o faz, da mais uma última e breve olhada na minha direção antes de sair, me deixando alí sozinha novamente.

DEGUSTACÃO - Traição (Série Prisioneiros Livro l )Onde histórias criam vida. Descubra agora