capítulo 7- Faculdade

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Acordo com o barulho estridente do meu celular que toca sem parar com a música (Mulher de fases - Raimundos) bem alta não é?! Sem levantar o pego em cima da mesinha perto da minha cama e atendo sem ao menos ver quem é (preguiça claro!).

- Alô? - falo com uma voz arrastada de sono.

- Bom dia filha!! dormindo ainda? - diz minha mãe toda animada, sabia que não demoraria a ligar.

- Ah... oi mãe, bom dia! está cedo ainda. - falo após olhar a hora, ainda me espreguiçando.

- E como foi o primeiro dia aí? já está bem estalada? se alimentando bem? - e ela solta um monte de perguntas de uma vez só me fazendo rir, se não fosse assim não seria dona Bete!

- Calma mãe, vamos por partes. O primeiro dia foi bem interessante, sim estou bem estalada e me alimentando muitíssimo bem. Não precisa se preocupar!

- sendo assim fico mais aliviada, você sabe como me preocupo.

- Eu sei mãe, mas já disse que não é necessário. Eu sei me cuidar... onde está o papai? - falo já me levantando e indo até o guarda-roupa escolher uma roupa.

- Juro que vou tentar! - sorrio com que fala, ela já me falou isso antes. - Ele já foi para a floricultura, está em uma época bastante boa para as flores, e você sabe como é seu pai, está afoito como sempre!

- Eu sei bem, mas fico feliz que esteja dando tudo certo! - Meus pais se conheceram na faculdade, os dois cursavam administração e foi aquela paixão louca logo de cara. Eles sempre foram apaixonados por flores e tudo mais que envolvam elas! Até que um ano atrás, eles decidiram largar seus empregos na empresa de tecido que era de meu avô paterno em que adiminstravam e decidiram montar sua própria floricultura,  onde até hoje são muito felizes com o que fazem. Não tem coisa melhor no mundo do que está bem com si mesmo e está fazendo o que ama.

- Nós também Querida, agora preciso ir, tenho que ajudá-lo lá.

- Eu também preciso me arrumar para ir pra faculdade. Mande um um beijo pro papai e diga para ele que o amo.

- Sim, eu digo. Boa sorte hoje filha, pras meninas também, mande um beijo pra elas. Preciso ir, te amo filha! - ela diz amorosa.

- Eu também mamãe. Muito! -  então desligo o celular e com meu look em mãos, escolhi: uma calça jeans vermelha, com uma blusa cinza com alguns desenhos coloridos na frente, uma sapatilha escura e uma bolsa cor mostarda.

Já arrumada e com os dentes escovados, vou até a sala ver se as meninas estão prontas e para minha grande surpresa elas já estão se servindo com o café.

- Que bom que não vou ter que jogar um balde de água fria em vocês! - falo já me sentando na mesa para passar manteiga no pão. - mamãe mandou um beijo para vocês.

- Dona Bete sempre tão meiga. Ansiosas para hoje? - Elisa pergunta com um brilho no olhar. Ela está com uma sainha roxa, blusa preta e tênis cano alto da mesma cor (look na foto) está super charmosa!

- Eu estou tilango! - Diz Júlia, ela está com um shortinho, blusa branca e sapatilhas rosas ( look na foto ) também está maravilhosa!

- Mas o que é isso Ju? - pergunto rindo e Eli Faz o mesmo, ela sempre tem novas.

-Cansada, acabada e etc. - responde com cara de tédio.

- Pois ande logo dona tilango, porque eu e Elisa estamos super ansiosas e não queremos nos atrasar logo no primeiro dia.

- Estou indo suas marmotas! - saí resmungando para pegar sua bolsa  e fazendo a gente gargalhar de novo.

- Ainda descubro de onde ela tira essas coisas! - Eli fala ainda rindo.

- Coisas da Ju! - e segundos depois Júlia aparece e nós saimos rumo a faculdade.

Demoramos cerca de 10 minutos para chegar. E as pessoas correm com seus livros de um lado para o outro, apressados. É tudo tão diferente!

- Vocês sabem em que sala vão ficar? - pergunto.

-Sabemos! - respondem igualmente.

- Ok. Vejo vocês no almoço!

- Até lá. - Ju responde e vai ao seu destino.

- Beijos amiga! - Eli se despede e só me resta ir também. Aqui é tudo muito grande cheio de lugares para se locomover e por conta disso demorei meia hora para encontrar minha sala. Quando enfim encontro, ela já está bastante cheia... cheia de pessoas novas, diferentes e que conversam sem parar. Como eu me sinto? apavorada. "Vamos lá Zahra, crie coragem, você é tão medrosa para certas coisas..."  a voz de Ju vem como um alerta me repreendendo no meu subconsciente. Mas até na minha mente ela faz isso? Sorrio e entro tomando coragem, logo avisto uma cadeira solitária perto de uma janela do lado direito da sala e me encaminho para lá. Se passam 5 minutos e um homem baixo, gorduchinho e calvo, que aparenta está na casa dos cinquenta, adentra a sala segurando uma pasta nas mãos e fala:

- bom dia! Eu me chamo Robert Muniz e vou da aula de desenho técnico no primeiro período de vocês. - todos assentimos e ele continua. - Mas antes de começarmos alguns alunos que já estão no último ano deste curso na faculdade, prestes a se formarem querem da uma palavrinha com vocês! Entrem, por favor. - Quando olho para a porta parece que meu coração vai sair pela a boca. É ele! o garoto das cantadas, ele está aqui lindo e provocante como da outra vez e sinto como se eu fosse ter um infarto a qualquer momento.

- EU NÃO ACREDITO. - falo indignada colocando a mão na boca e parece que soou mais alto do que eu prentendia pois todos me olham com os olhos arregalados.

- Algum problema senhorita?! - ele se dirige a mim parecendo adorar minha surpresa e meu desconforto.

-É...não. P... podem continuar. - como Júlia diria eu estou mais assada que uma batatinha frita!

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