As ruas deste lugar injetam veneno em minhas veias
As teias da culpa imobilizam meu ser
E saber de tudo que sei, não trás clareza ou pureza a alma
A calma não me hospeda mais, o caos se tornou meu cais
O porto dos meus abortos sentimentais, meu coração cansa aos poucos de pulsar
Os pulmões já não puxam oxigênio, e o que continuo a respirar é hidrogênio impuro
Sonho que atrás destes muros o amor se esconda
E que alguém corresponda as cartas escritas com sangue de amantes fiéis
Em papéis puros, no escuro encolho meu ser
Me acuso por ser acusada à toa, a tua frieza congelou todos nós, e os nós de nós dois, se tornaram mero pó, não poeira estelar

VOCÊ ESTÁ LENDO
SATURNO
PoesíaSempre fui inconstante, o ser com semblante vazio feito a fumaça dos cigarros que traga, trazendo meus demônios à tona.