·Prólogo·

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         — Não acredito que ela fez isso! — vociferei

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         — Não acredito que ela fez isso! — vociferei. — Como ela foi capaz de me ameaçar? — Soquei a mesa.
         — Se continuar descontando sua raiva assim, acabará no mínimo com alguns dedos quebrados — Eduardo disse.
         — Como ela pôde? Ela não tinha esse direito!
         — Ela não tem direito a muitas coisas, meu irmão. Você acha mesmo que lhe sobrou algum escrúpulo?
         — O que vou dizer a Sophie? Que a mãe misteriosa resolveu voltar do inferno onde estava quatro anos depois de abandoná-la? Ela é apenas uma criança!
         — Calma, cara, você está fazendo exatamente o que ela quer que você faça, perder a cabeça. — Apertava meu ombro esquerdo enquanto falava.
         — Como quer que eu fique calmo, Eduardo? Ela me ameaçou. Quem ela pensa que é?!
         — Ela é a mãe da sua filha!
         — Mãe?! — gritei, detonando o mau humor. — Ela perdeu o título de mãe quando abandonou a filha sem sequer se importar em procurar por ela durante todo esse tempo!
         — Você sabe como Katrina é, Dylan. Ela não quer Sophie de verdade, mas sabe o quanto tudo que diz respeito à sua filha o tira do prumo. Ela só quer te atormentar.
         — E está conseguindo. Ela não vai tirar a minha filha de mim, ouviu, Eduardo?! Eu não vou permitir!
         — É claro que não, eu vou te ajudar. Você sabe que  pode contar comigo, mas para isso, precisa pensar direito e colocar a cabeça no lugar.
         — Por que depois de tanto tempo ela resolveu voltar?! Estávamos bem, Sophie e eu finalmente estávamos lidando com tudo isso.
         — Falta de dinheiro, talvez de vergonha na cara... vai saber!
         — Não vou medir qualquer esforço para lutar por Sophie, minha filha é a coisa mais importante que eu tenho, e a essa altura do campeonato, eu não posso deixar Katrina che- gar e bagunçar tudo. Ela não vai conseguir o que quer, não mesmo!
         — Você a conhece muito bem e sabe do que ela é capaz. Não podemos arriscar a segurança muito menos o bem-estar de Sophie. Katrina é como uma cadelinha que nem a pau vai querer largar o osso.
         Assenti exasperado. Eduardo tinha razão e eu estava completamente fora de mim. Katrina abandonou Sophie logo depois do seu nascimento e durante todos esses anos, fiz o que pude para preencher a lacuna de uma mãe ausente na vida de uma menininha. Na verdade, ela nunca a quis, e saber que minha filha foi apenas seu brinquedinho era muito mais do que eu poderia suportar.
         Katrina planejava me manter por perto e finalmente conseguir o que queria, quando viu que o plano não surtiria efeito, ameaçou levar o bebê para longe de mim e jurou que eu nem sequer o veria ao nascer. Eu não permiti que ela o levasse e fiz com que ficasse até o nascimento. Eu já o amava muito antes de segurá-lo no colo e tinha certeza de que aquela criança seria toda a minha vida.
         Eu sabia que Katrina ainda nutria esperanças em um futuro relacionamento, mas nada do que fizesse mudaria mi- nha concepção a seu respeito. Fiz tudo o que pude para cuidar da gravidez e lhe garantir segurança enquanto carregasse um filho meu no ventre.
         Depois que Sophie nasceu, a mãe simplesmente não a quis por perto. Sabia que minha filha estaria muito melhor longe dela, então, cedi à sua chantagem, sem muitas opções de escolha. Katrina me pediu dinheiro para ir embora e, em tro- ca, me daria a guarda da criança . Eu concordei, obviamente, pois se eu tinha a oportunidade de afastá-la de nossas vidas, eu o faria sem medir esforços.
         Dei-lhe todo o dinheiro que consegui e ela se mudou para Paris, onde viveu a vida que sempre quis, usufruindo do meu dinheiro ao lado de vários homens, em farras, bebidas e sabe-se lá Deus com o que mais.
         Ela nunca quis saber como Sophie estava, jamais voltou para conhecer a filha e eu duvidava muito que Katrina sequer lembrasse do bebê que havia abandonado. Depois de quatro anos longe, como um fantasma, ela resolveu reapare- cer nas nossas vidas e ameaçou tirar Sophie de mim. Nada fará com que eu abra mão da minha filha, e se for preciso, eu irei até o fim do mundo para mantê-la segura.
         Katrina não se aproximará da minha menina de novo, nem em um milhão de anos.

         Katrina não se aproximará da minha menina de novo, nem em um milhão de anos

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Procura-se uma esposa - LIVRO 1 [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora