ESTRUTURA

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Primeira dica: Não encham linguiça.

Talvez, você esteja ouvindo esse termo pela primeira vez, então, deixa eu explicar: esqueça aquela coisa de Vou colocar mais coisa até chegar em 5 mil palavras. 

Vai por mim, leitores sabem quando você está enrolando para ter mais páginas. Escreva aquilo que cabe ao capítulo. Mas como não ser direta demais? Como não detalhar demais? Como não ser chata? Eu sei que é muita coisa. Por isso, desde a escolhinha da tia maria, sabemos que as histórias tem começo, meio e fim. Lembram daqueles termos de língua portuguesa? Pois bem, sigam eles.

1- Introdução.

É quase como uma redação. Mas, eu sou péssima em redação. Acho que porque, escritores se dão aos detalhes e na redação você deve encurtar frases o máximo que pode. Então, em seu livro, na introdução você deve preparar seu terreno. Mostre o ambiente que sua história irá se passar, apresente pessoas que serão importantes lá na frente. Mencione detalhes de forma sutil que você irá usar. 

Não faz o menor sentido você fazer uma personagem descobrir uma traição, chorar uma semana e se recompor para a mais poderosa diva pop, tudo isso, no primeiro capítulo. 

Trabalhe o terreno. Seja paciente. Dizem que escritores sofrem de antecipação, e isso é bem verdade, então tome cuidado para não atropelar sua história. 

2- Desenvolvimento

Dê margem para o problema que quer criar. Não jogue sua personagem em uma situação apenas porque você é Deus no universo dele. Crie uma atmosfera que faça os leitores sentirem que aquilo vai dá merda lá na frente. Faça-os sentirem agonia ao imaginar em como aquilo vai repercutir. Pode ser vários probleminhas que nascem em casos pequenos, mas que em certo momento irão se espalhar ou explodir, causando o próximo tópico.

3- Climax.

Esse é o momento em que o leitor para e diz: FODEU.

Isso. Nesse tópico geralmente tudo que tinha que dá errado deu. O personagem tá chorando, desesperado ou sei lá o que. Talvez até a beira da morte. Não importa. Aqui é onde as coisas não parecem ter solução, é onde você tem que fazer seu personagem reagir de acordo, deixar claro qual o problema, sem margem para pontas soltas.

Pontas soltas: O famoso eu sei como resolver, por que a personagem não fez isso?

Sim, todos poderíamos lidar de forma diferente, por isso temos que trabalhar muito na questão das personalidades. E isso tem que ficar claro na introdução. O leitor tem que conhecer seu personagem para saber exatamente porque ele vai lidar da forma que você pretende narrar. 

Ninguém merece uma personagem super corajosa no inicio para chegar no climax e ela não tomar nenhuma atitude porque estava com medo. Não. Seja coerente. 

4 - Conclusão.

Esse tópico são os últimos capítulos. Os mais angustiantes. Geralmente, todo escritor trava nos últimos capítulos, então se você adquiriu um leve bloqueio criativo nessa parte, não se sinta mal. Se sinta bem vindo hahaha

Às vezes eu levo dias para escrever o ultimo capítulo ou os últimos. É como se meu cérebro achasse que só por eu saber o que acontece, já acabou. Não preciso escrever. Nesses capítulos, você tem que cuidar bastante para resolver todos os problemas que criou. A não ser que seja uma série. Aí você mantém o problema base e resolve os secundários.

Lembre-se uma coisa...

Você, eu, JK, e Rick Riordan, todos nós escrevemos de formas diferentes. Não tem jeito certo ou errado. Tem jeito agradável, tem dicas e tem conselhos que possamos ouvir para nos ajudar a contar o que temos a dizer. Mas, se seu capítulo disse tudo em 1500 palavras, não quer dizer que ela que escreveu um de 5000 palavras é melhor que você. Não quer dizer que o R. R Martin é melhor que o Rick Riordan. Não. 

Conte sua história de forma coerente e agradável. 

Livro bom é aquele que conta algo, e não o que tem o maior número de páginas.

Escrever: Luz, Música E Digitação!Onde histórias criam vida. Descubra agora