Mentirinha

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Emma estava na delegacia. Tinha acabado de voltar de uma busca de objetos roubados. Sr. Gold ainda tinha alguns inimigos na cidade que sabiam que a xerife havia conquistado a confiança dele, e que não o deixava tratar com violência quando um problema lhe surgia. Ele fora roubado e, contra sua vontade mas devendo isso à Emma e à Belle, foi até a delegacia reportar. Emma saiu e encontrou o sapateiro (ela não sabia quem era nas histórias) perto da ponte, tentando enterrar os pertences de Gold. Eram coisas insignificantes, afinal, tudo o que era importante e pessoal, as pessoas já tinham tomado de volta. Rumple agora possuía apenas algumas antiguidades de ninguém para venda e algumas poções, itens de troca.

A loira tinha acabado de sentar-se em sua cadeira e agora estava sem serviço, decidindo por ocupar-se lendo o jornal.

O telefone tocou.

- Delegacia de Storybrooke? - Ela perguntou, rotineira.

- Emma?

- Hey! É você, meu amorzinho!

- É o Neal...

- Eu sei! O que foi, bebê? Aconteceu alguma coisa?

- Eu tô sozinho...

- Sozinho? Como assim?

- Vem me buscar?

- Onde você está? - Ela ficou de pé, preocupada, com as chaves na mão, pronta pra sair.

- Em casa.

- Ok, eu tô indo. Fica aí. Não sai!

Ela desligou e dirigiu o carro da polícia na maior velocidade até chegar em seu antigo apartamento que dividia com Mary Margaret. Forçou a porta e ela estava aberta. Assim que entrou, encontrou os pais na cozinha.

- Emma?

- Ué... Cadê o Neal?

- Lá em cima... Porquê? - David perguntou.

- Emma! - O garotinho desceu a escada correndo e pulou no colo da irmã.

- O que você aprontou, Neal? - Emma perguntou, abraçando-o.

- Nada.

- O que houve, Emma? - Snow largou as coisas na pia, estreitando os olhos para o filho mais novo.

- Ele me ligou dizendo que estava sozinho aqui em casa, e como eu sei que vocês jamais deixariam ele sozinho, imaginei que tivesse acontecido alguma coisa. Como você ligou pra mim, Neal?

- Eu sei como... - Snow respondeu. - Ele pegou meu celular pra jogar e subiu. Sabia que ele tava quieto demais.

- E você sabe ler agora? - Emma encarou o irmão de quatro anos.

- Não, mas tem foto sua e da polícia. - Ele sorriu.

- Neal, você não pode ligar pra Emma o tempo todo... - David chegou perto do filho e aproveitou para beijar a testa de Emma, como sempre fazia ao cumprimentá-la.

- Eu tava com saudade...

- Awn, nenê! Eu falei que eu viria te ver amanhã, lembra? Você não pode fazer isso, porque se um dia acontecer alguma coisa, como eu vou saber se é verdade?

- Tá bom... Desculpa, mamãe, desculpa, papai. Desculpa, Emma. - Ele pediu. Emma colocou-o no chão.

Os três sorriram, aceitando as desculpas.

Emma and Neal - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora