Capítulo 28 - Menino ou Menina?

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Eu fui tomar meu banho, a cada vez que eu fechava meus olhos vinha o Diego na minha cabeça, meu Deus, quando ele vai sair do meu pensamento, ele estava MORTO, eu já tinha entendido isso menos o meu coração. Eu saí do banho, me troquei, almocei e quando eu saí na cozinha dei de cara com o Ricardo com uma arma enorme na mão

Ricardo - E aí Loirinha, preparada pra mexer no brinquedinho aqui
Lisa - Se for pra vingar a morte do Diego eu estou sim
Ricardo - Bom, bora lá no mato, é lá que a gente faz o treinamento
Lisa - Beleza, bora Larissa
Larissa - Ah vamos, não tem nada pra fazer aqui mesmo.

E fomos até o mato, quando eu cheguei lá meus olhos se enxeram de lágrimas, eu lembrei do que eu e o Diego havíamos passado ali naquele local, enxuguei minhas lágrimas e o Ricardo me deu uns comandos e eu comecei a atirar, fiquei a tarde inteira nisso, até que eu senti minhas vistas embaçando, uma tontura forte e quando eu ia cair desmaiada senti o Ricardo e a Larissa me segurando

Larissa - Lisa, você está se sentindo bem ?
Lisa - Não sei...
Larissa - Você não comeu é isso, vem vamos embora antes que você desmaie de novo. A gente voltou pro morro, fui em casa a Larissa me deitou no sofá e me trouxe comida, Eu comi tudo, tomei um banho e fui dormir, acordei cedo, fiz minhas higienes e fui pra faculdade, encontrei o Kauê na porta da facul

Lisa - Oi Kauê
Kauê - Oi Lisa
Lisa - Que foi, o que aconteceu? Kauê - Nada não, só tava com um pressentimento estranho, tava com a impressão que tava sendo seguido
Lisa - Nossa, que tenso isso, deve ser coisa da sua cabeça, vamos entrar a gente entrou, assistimos todas as aulas, eu ri muito, no intervalo ele ficou fazendo umas boiolices lá que até meu bebê mexeu, o Kauê me fazia bem e eu gostava disso, logo bateu o sinal e fomos embora, quando eu saí dei de cara com a Larissa e o Ricardo no carro...

Larissa - E aí mamãe, pronta pra saber o sexo do bebê?
Lisa - Eu acho que sim
Larissa - Sem essa de acho que sim, entra ae e vamos logo

Eu entrei no carro e fomos até a Clínica, a Larissa deu entrada e a doutora nos chamou, eu entrei na sala e derramei uma lágrima, eu queria que o Diego estivesse ali pra ver o filho dele, mais ele não estava, ela passou um gel gelado e passou uma maquininha pela minha barriga, até que ela falou

Doutora - Lisa, olha que lindo está o seu bebê - Falou apontando pra tela - Eu fiquei olhando, meu bebê era tão lindinho e pequeno, continuei olhando até que eu fiquei curiosa.
Lisa - Doutora, é um menino ou uma menina ?
Doutora - Lisa, seu bebê é um menino

Eu dei um sorriso, a Larissa queria uma menina mais sabia que ela estava feliz também, a gente ficou lá mais um tempo até que deu a hora e ir embora, a gente voltou pra favela e quando cheguei lá dei de cara com a Cinthia, ela tava no barzinho na favela com cara de cú, foi estranho porque depois que o Diego foi morto essa foi a primeira vez que eu vi ela, fingi que nem a vi e fui pra casa, quando eu cheguei fui comer, quando estava na cozinha a Larissa veio me interrogar

Larissa - Lisa, qual vai ser o nome dele ?
Lisa - Eu não sei Larissa, depois eu vejo isso.

Ela saiu andando com cara de bunda, eu ri, voltei a comer, tomei um banho e dormi.

4 meses depois ...

Quatro meses haviam se passado, eu estava com a barriga enorme, mal conseguia parar em pé, não parei a faculdade, mesmo sabendo que desde os 7 meses poderia ficar de licença, eu e o Kauê estávamos muito próximos, até demais, quando estava no sexto mês eu decidi o nome do meu filho, Luan, pois a Larissa me contou que o Diego adorava esse nome, eu vivia dormindo na casa do Kauê, mais nunca aconteceu nada, nem um beijo mesmo sabendo que ele tinha um sentimento por mim, eu já era uma atiradora de primeira linha, mais decidi me vingar do Frank assim que o Luan nascesse, não queria colocar o meu filho em risco, não tinha esquecido o Diego ainda, todas as noites ele voltava na minha cabeça e eu me sentia uma louca por isso, vi minha mãe uma vez quando estava no sétimo mês de gestação no mercado, eu cumprimentei ela e ela ficou me dizendo um monte de coisas, mais eu não liguei, era mais uma manhã e eu estava na casa do Kauê, acordei com um forte cheiro de queimado, me levantei rápidamente e quando olhei pro fogão vi uma frigideira queimada

Lisa - Kauê! Você queimou de novo a Frigideira - Ri -
Kauê - É né fazer o quê, eu tento agradar a mãe do Ano e acabo lascando com a minha frigideira.
Lisa - Não tenho culpa, faz o seguinte, lava a frigideira que eu faço um café gostoso pra gente
Kauê - Aê, adoro teus cafés da manhã - Riu -
Lisa - Avá, ô Kauê, tem um monte de correspondências suas aqui, tu não viu não
Kauê - Porra, é mesmo, esqueci, pega aê Lisa que daqui a pouco eu vejo - Falou lavando a panela -
Eu olhei as correspôndencias, eram todas de contas e uma carta da mãe dele, eu estava olhando até que chegou a última que me chamou a atenção

Era um envelope branco escrito 'Para Lisa', como estava dizendo que era pra mim eu resolvi abrir, quando eu vejo era uma foto minha e com o Kauê e um bilhete

' Sei o que você faz, observo cada passo que você dá, te vigio a cada instante e não gosto de te ver com ele ' Era estranho aquele bilhete, não sei quem tinha mandado aquela carta, mais era estranho, creio que era o Caio, ele me viu algumas vezes com o Kauê e não deve ter gostado, decidi não mostrar nem o bilhete e nem a foto pro Kauê, guardei na bolsa e fui até a cozinha preparar o café, assim que comemos eu fui tomar banho, me arrumei e esperei o Kauê, até que ele apareceu e fomos até a facul, a aula foi normal, e quando tocou o sinal pra irmos embora eu decidi ir a favela, faziam dois dias que eu não aparecia lá, o Kauê me deixou na entrada e eu fui até em casa.

' Sei o que você faz, observo cada passo que você dá, te vigio a cada instante e não gosto de te ver com ele ' Era estranho aquele bilhete, não sei quem tinha mandado aquela carta, mais era estranho, creio que era o Caio, ele me viu algumas vezes ...

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