Para Sempre Cinderela

Sentimentos...

*** Sofie POV ***

Eu precisava pensar e pensar rápido! Eu não tinha muito tempo para dar a resposta para a senhora Hansen, mas eu estava apreensiva e com medo de tomar uma decisão precipitada.

-Sofie, vc vai ter que sair daquela casa de qualquer forma! Vcs já se envolveram demais e continuar lá só vai prejudicar vc e a minha mãe... - disse Jessie

Sentí uma pontada no coração ao pensar em Laura. Eu não podía fazer isso com ela. Jessie tinha razão! Eu precisava sair daquela casa porque eu e Taylor já tinhamos ido longe demais.

-Eu vou falar com a senhora Hansen hoje e vou aceitar o emprego... - falei
-Vai ser ótimo vc trabalhar com o Mike! Ele vai ajudar vc! – ela disse animada
-Eu sei!
-Vc vai conhecer muita gente Sofie! A lanchonete está super badalada!
-Eu estou animada, mas tenho medo...
-Medo do que?
-Sei lá! De dar errado! Estou acostumada com a casa dos Lautner...
-Eu sei, mas um dia vc ia ter que sair de lá!
-Tá, eu vou ligar para a mãe do Mike...

Liguei e marquei de ir lá na lanchonete. Eu precisava aceitar o emprego formalmente e saber quando podía começar. Bom, eu fui lá na lanchonete no horario marcado. A mãe do Mike me mostrou o trabalho e disse que eu poderia começar quando quisesse. Eu pedi um tempo já que eu precisava falar com a Deborah e com a Laura antes.

O trabalho lá ia ser atender os clientes, pegar os pedidos, essas coisas. Isso era tranquilo de fazer... o horario de trabalho seria o horario que eu não estivesse na faculdade, o que me ajudaria muito! A carona para o trabalho eu já teria com o Mike todo dia. É, as coisas iam se acertar! Ao sair de lá liguei para Taylor. Eu precisava falar para ele o que eu tinha decidido.

~Ligação ON~

-Oi!! – atendeu animado
-Oi tudo bem?
-Tudo e vc? Onde vc está?
-Tudo bem... ahm, estou no caminho para o campus. Acabei de sair da lanchonete dos Hansen...
-Ah vc estava lá? Aceitou o trabalho??
-Sim! Mas por favor não comente nada ok? Eu preciso falar com a sua mãe e com a Laura primeiro...
-Claro! Não vou falar nada...
-Ok, eu só quis ligar para lhe contar...
-Ahm, e o que vc está pensando em dizer para a minha mãe ou para a Laura?
-Que eu consegui um outro emprego e...
-Sofie, vc pode ir lá no apartamento?
-Agora???
-É, vamos conversar sobre isso ok?
-Ahm... ok... eu estou no caminho, posso ir direto?
-Pode! Te espero lá!

~Ligação OFF~

E lá fui eu para o apartamento dele. Era até bom mesmo conversar pessoalmente. Eu precisava entender o que eu poderia falar para a mãe dele. Laura não ia engolir o fato de eu ter que sair de lá, do nada, mas também não ia me impedir.

Taylor já estava no apartamento quando eu cheguei. Ele me recepcionou com um abraço que me arrepiou da cabeça aos pés. Tomei uma água e começamos a conversar.

-E ai? O que vai dizer para elas? – perguntou
-Vou dizer que consegui um outro trabalho e que é mais o que eu gosto de fazer, falar com as pessoas...
-E isso é verdade? – perguntou franzindo o cenho
-É! Eu gosto de ter contato com as pessoas, mas o importante é não dizer a verdade, não por enquanto...
-Que estamos juntos? – ele disse sério

Wow, juntos era uma palavra forte. Estávamos só ficando!

-É... - respondi

Ele ficou pensativo. E então resolvi perguntar:

-E vc? Quer que as pessoas saibam que estamos juntos?

Ele mais uma vez ficou quieto. Para ele sair com alguém era simples, mas para a mídia era como se ele fosse casar! Mas por outro lado, até quando iríamos nos esconder? Será que nunca poderíamos sair juntos?

-Sim...

Ele foi curto e direto. Sentí um arrepio na espinha quando ele respondeu. Comecei a me sentir importante para ele.

-Vc não vai ter vergonha de mim? Como vou sair com vc? E se me perseguirem na lanchonete?
-Vamos tomar cuidado...

O jeito que ele falava me deixava ainda mais apaixonada. Eu nunca fui boa na demonstração de sentimentos. Talvez porque depois da morte dos meus pais eu tenha ficado mais fria, não sei. Eu só sei que com ele tudo era diferente. Eu me sentia importante, me sentia bonita e desejada. Pode ser porque ele é quem ele é, mas ele é muito mais do que as pessoas pensam. Ele é alguém completamente normal e esse normal era perfeito para mim.

-O que está pensando? – perguntou
-Em como vc é especial... mais do que pensei que fosse... – confessei sentindo vergonha e ele sorriu
-Estou preocupado Sofie...
-Porque?
-Porque vc vai ganhar menos! Precisamos conseguir uma outra coisa para vc logo!
-É eu confesso que também estou preocupada, mas eu ainda consigo pagar o campus com esse valor...
-E as outras despesas?
-Sobra muito pouco, mas eu não gasto mesmo com nada...
-Roupas? Sapatos? Coisas de mulher? – disse rindo
-Eu tenho que começar a me preocupar mais com isso...
-Não que isso seja essencial, mas vcs garotas sempre pensam nisso...
-Eu sempre penso, mas não posso pagar os meus gostos....
-E se contratarmos um advogado para ver esse caso da sua herança? A sua madrasta não pode ficar com o dinheiro só para ela!
-É por isso que eu estou estudando Direito! Eu quero ser como o meu pai e ao mesmo tempo quero rever todos os meus direitos um dia... mas antes eu preciso me formar!
-Eu posso contratar um e...
-Não! Eu não quero! Eu vou fazer isso sozinha, ok?

Ele não era nada meu! Eu não podía exigir coisas dele! Eu tinha os meus objetivos e eu ia lutar sozinha para conseguir alcança-los!

Depois disso a conversa evoluiu para muitos beijos e amassos no sofá. Era impossível não pensar em sexo com ele. Claro que ele acabou me arrastando para o quarto. A última vez que tinhamos feito alguma coisa foi no dia que perdi a virgindade. Eu ainda estava um pouco nervosa, mas estava muito mais relaxada. A melhor parte é que finalmente eu consegui ter um orgasmo. Wow! Se todas as vezes forem assim, eu visitarei o paraíso sempre! Ficamos abraçados enquanto ele acariciava os meus cabelos.

-Dorme aquí? – pediu
-Não posso... amanhã preciso acordar cedo e conversar com a sua mãe...
-Vc vai comigo para lá...
-E vamos chegar juntos e explicar o que?
-Tá, ok... vc venceu!
-Um dia eu durmo aquí...
-Espero que seja logo...
-Tay, vamos falar para os seus pais que estamos juntos?

Ele ficou calado nos primeiros segundos, mas respondeu.

-Por enquanto não, mas podemos falar se vc quiser...
-São seus pais, vc decide...

Ainda ficamos no apartamento por um tempo e depois ele me levou para o campus. Naquela noite eu fui dormir nervosa, afinal, no dia seguinte eu tinha que falar com Laura e depois com Deborah para pedir minha demissão.