O2

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O Dr. Lindos olhos e covinhas encantadoras, saiu do elevador lançando mais um dos seus lindos sorrisos para mim. Deveria ser crime alguém ser tão lindo dessa forma.

"O que foi isso, hein Lou?" - Perrie olhou para mim com as sombrancelhas arqueadas com um sorriso sapeca nos lábios.

"Pare com esse olhar maligno para mim, mulher. Não sei sobre o que você tá falando." - Pisquei para ela, sendo correspondido com um dos seus sorrisos maravilhosos.

"Okay, vou deixar essa fofoca para o Ed só porque não posso passar o dia com você. - Formei um bico nos lábios propositalmente recebendo um beijo na bochecha - Não me olhe assim, Lou. Hoje estou no serviço da Pediatria. E você sabe que eu amo as crianças." - Perrie bateu palmas animada e não pude continuar com minha limitada chantagem emocional.

"Tudo bem. Perdoou porque crianças são adoráveis."

"Você me entende."

O elevador se abriu revelando um andar mais calmo, para minha felicidade. Perrie me guiou até meu quarto. Acho que posso dizer meu com total propriedade. Todas as vezes que fui hospitalizado e, felizmente, consegui sair com vida das cirurgias, Richard me destinava para esse quarto. Eu não poderia me queixar. Ele é ótimo. Espaçoso e até mesmo confortável. O que não pode se dizer de alguns hospitais por aí. Zayn costuma dizer que Seattle San Grace é o sonho até mesmo daqueles que não estão enfermos. O que eu, de verdade, acho um exagero. Ninguém gosta de estar em um hospital sem realmente estar precisando dele. Gosto daqui e gosto das amizades que constitui aqui, mas não é como se eu tivesse outra opção. Preciso estar aqui, então preciso tornar o ambiente agradável para mim.

Me acomodei na cama retirando o tênis. Perrie sentou ao meu lado conversando sobre as coisas mais aleatórias e loucas possíveis. Fazia o meu melhor para acompanhar seu ritmo, o que era meio difícil em alguns momentos. Perrie falava muito rápido, gesticulava na mesma velocidade; prefiro não comentar sobre seu sotaque carregado.

Perrie é um amor.

"Ei, baby Lou, voltei." - Ed entrou no quarto fechando a porta de forma desajeitada, pois carregava diversos salgadinhos e duas latas de refrigerante nos braços. Perrie levantou para ajudá-lo.

"Obrigada, Perrie." - Ed deu um beijo na bochecha da loira.

"Sem problemas, ruivo. - Perrie veio até o meu lado me abraçando e logo deixando um beijo em minha bochecha - Até mais, Lou. Cuide-se, ok? É sempre maravilhoso ver você." - Devolvi o seu carinho, observando-a sair do quarto.

"Então, já decidiu se vai pedir o Z em casamento? Eu vi ele lá embaixo. Estava conversando com o Chefe. Daqui a pouco ele chega por aqui." - Ed falou tudo muito rápido, como sempre.

"Yeah, já decidi. - Ed olhava para mim cheio de expectativa. Se a situação não fosse tão emergencial, eu o teria torturado pelo resto do dia - Eu vou pedi-lo em casamento, Sr. Curioso demais."

Ed se lançou por cima de mim me fazendo gritar decorrente do susto. Encheu meu rosto de beijos, o que de fato estava me sufocando. Não apenas pelo carinho exacerbado, mas pelo cheiro agoniante de salgadinho de queijo.

"Ed. Socorro. Pare." - Apesar de tudo estava rindo do seu jeito.

"Não seja tão rabugento, Tomlinson. Você vai continuar vivendo. Sendo tratado. Isso é maravilhoso."

"Yeah, eu sei. Eu nunca pensei que iria me casar dessa forma, Ed. Quer dizer, Z é um cara legal-"

"Nós sabemos que ele é mais do que isso, Lou." - Ed me interrompeu; olhava para mim com as sobrancelhas arqueadas.

How To Save A Life l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora