Fui crescendo sozinha sem amigos e sem ninguém,era muito antissocial,observadora e
crítica muito crítica.Ficava horas e horas viajando nos meus pensamentos e olhando pro nada,assim se passou uma boa parte da minha infância a outra se passou na frete da tv e depois na rua quebrando a cara no asfalto,mais isso fica pra outro capítulo.
Ah nesse tempo minha bisavó era viva,ela era diabética e muito doente,por sinal eu morava na casa dela com minha mãe,ela era a única companhia que eu tinha,como já disse minha mãe trabalha muito pra não me faltar nada,voltando a história eu amava ela era minha única amiga junto da tv,amava assistir tv globinho, o pouco tempo que ela passava comigo era os melhores ela sabia que não podia substituir minha mãe,mais tentava preencher o vazio que ela deixava por falta de tempo e brincava as vezes comigo" porque às vezes?Ela era muito doente e ficava muito, internada no hospital,muito difícil ela não passar a metade do mês acamada,e dentre essa idas e vindas no hospital um dia ela foi e a não voltou mais,foi o pior dia da minha vida, eu a vi dentro do caixão chorei e chorei,mais chorei muito e sacudia ela pra ela acordar uma perca de tempo(choro parte 2)ela não respondia os meus atos,minha mãe via aquilo e se desmontava no choro,depois me contaram que ela foi pro céu e sempre que eu olhasse pro céu a maior estrela que eu achasse era ela sorrindo pra mim e cruzando os braços como ela sempre fazia.Ela era doce a melhor biza que Deus podia ter me dado,lembro que no ultimo dia de vida dela ela pediu um abraço pra mim e pra minha prima Maria Zilda,olhou no fundo dos meus olhos e falou o seguinte:
-que se Deus permitisse iriamos ser mulheres com um coração enorme e muito bom e que nós poderíamos mover até céus e terras com determinação e fé". Era muito religiosa.
Aquelas palavras me marcaram de um jeito que até hoje parece que eu escuto ela falar sentada no sofá de casa com os braços cruzados e a muleta do lado.
Assim que ela se foi ficou só as lembranças,parava olhando pro céu pra encontrar a tal estrela nunca encontrei agora sei porquê.
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Entre memórias -O livro de uma vida
RandomEsse livro leva consigo pequenos fragmentos da minha história de vida,sou chamada de Duda, apelido mais bosta tenho 16 anos e vocês podem pensar o que uma jovem pode ter de história pra contar.Olha digo que tenho bastante moderadamente algumas que...