Capítulo VI- Chapeleiro Maluco

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Não lembrei, e muito menos me importei em lembrar o nome dele -naquele momento, isso era o que menos importava- só lembrei de que no filme ele tinha metade do rosto coberta por uma máscara preta, com o lugar do olho aberto para que pudesse enxergar. Ele parecia sombrio, com seu cavalo negro, que transmitia pesadelos a qualquer um que os visse (inclusive a mim!).
Nossa idéia de "se esconder" não foi muito bem executada.... O Jack ainda estava espirrando, e muito.

Atim, atim, atim!

Eu tapava a boca dele, com a minha mão direita que era quase engolida a cada espirro que o Jack soltava, era nojento, porém, necessário.
Entretanto, o Jack insistia em espirrar, e a minha mão já não estava suportando mais. No décimo espirro, o Jack não se segurou, foi o espirro mais alto que eu já tinha escutado.

ATIIIIM!!

-Droga Jack, agora, corre, corre! -Diz Liz, e ninguém esperou muito para correr. Pernas, para quê te quero!?

Enquanto estávamos correndo, sentir que eles estavam nos alcançando, e esse pressentimento, continuou, e continuou -talvez, fossem pelas calvagadas, que ficavam mais próximas e mais intensas a todo instante-.

(....)

Corremos. Corremos muito. Nossas pernas já não suportavam mais, estava vendo a hora se cair. -O mais longe que já havia corrido, tinha sido do cachorro do vizinho, que não havia gostado muito de uma intrusa pegando mangas emprestadas no quintal dele....- Como no filme, chegamos em uma mesa onde todos tomavam chá. A lebre, e o chapeleiro cantavam alegremente canções sobre girassóis, enquanto, nos escondiamos embaixo da mesa coberta por um pano azul.

-Ora, ora, ora, ora. -Então, quem temos escondidos embaixo da mesa do chapeleiro maluco?

Ondas - Livro I 》Portal DimensionalWhere stories live. Discover now