Eu não estou louca, eu gosto de conversar sozinha realmente, me passa uma tranquilidade muito boa, me acalma também, mas os meus pais não entendem, olha, eu realmente não preciso frequentar um lugar com pessoas depressivas, com síndrome de pânico, ou até mesmo doenças.
Minha mãe me pegou falando sozinha sobre a morte, mas o que é a morte para os vivos? Tenho muitas dúvidas, ninguém nunca me respondeu, ou deu atenção a isso que chama de loucura, eu estou bem, muito bem na verdade, nao cometo crimes, não fumo, e também não sou alcoólatra.
Eu sou uma adolescente normal, com problemas normais, talvez um pouco diferente de todos, mas mesmo assim, eu sou eu, gosto de estudar dentro de cemitérios, mas isso me faz ser louca? Não, meus pais também descobriram esse critério de estudar em um cemitério em semana de prova, mas eu gosto, além do mais é muito calmo lá dentro, tenho toda paz do mundo.
Estou dentro do carro dos meus pais nesse momento, indo a uma terapia feliz, de acordo com os meus pais. Bom, espero que entendam essa minha tal loucura, e que a médica diga aos meus pais, que isso não passa de uma coisa momentânea, e que não tem nada demais em falar sozinha.
- Você vai fazer amigos Alice, não fique assim, faz bem a você, ao seu interior, não é normal falar sozinha e questionar o ar sobre a morte. - minha mãe Katherine perguntou.
- Você fala sozinha diversas vezes, eu escuto lá do quarto você dizendo que tem muita conta para pagar, que a sua vida é muito complicada, e que os problemas só estão aumentando. - suspirei. - Não estou louca, eu quero respostas, é só isso que eu quero mãe, respostas. - encerrei o assunto colocando meu velho amigo, conhecido como fone de ouvido.
Escutei um certo ruído, meus pais estavam discutindo algo, minha mãe estava nervosa, e meu pai não muito diferente dela. Minha mãe bateu sua cabeça ao banco três vezes, gritando que ela iria ficar louca se continuasse com essa vida, e então, mamãe abriu a porta do passageiro e pulou, fazendo assim, o meu pai tirar sua atenção do trânsito para a mulher que eu chamava de mãe, que estava morta, do outro lado da estrada.
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Psiquiatry
Science FictionAlice é uma garota frágil, de momentos, e com muitas dúvidas. Passado o suicídio de sua mãe, Alice visita o psiquiatra uma vez na semana, junto com outros colegas, mas, o que ela não esperava, era que sua chegada marcasse tanto a vida de um jovem ra...