A noite chegou carregada de pensamentos frios, congelados pelo tempo. Não é tristeza, nem solidão. Talvez seja saudades, daquelas que te paralisa o corpo e enfraquece o coração.
Saudades de quando o amor era mais sentido do que falado, simplesmente. De quando as calçadas sorriam sua liberdade. As palavras eram mais vividas do que lidas superficialmente. Cada momento era apreciado, sem necessidade de um clique pra ser lembrado. Não existia uma enorme lista de amigos invisíveis, indisponíveis. Eles cabiam na palma da mão, e isso bastava. Nessa nossa fragilidade e na falta de jeito com a vida, nos perdemos de nós mesmos. Crescemos e vimos que crescer nem é tão bom assim, não tanto quanto parecia. Aí surge a vontade de voltar. Voltar a sorrir, correr, olhar no olho, chorar com o joelho ralado. Doía tanto, não era nada. Brincar livremente na rua, brigar com o melhor amigo e fazer as pazes sem perceber, a gente não sabia o que era orgulho. Não deixei de acreditar nas pessoas. No amor. Não. Mas mudaram tanto seu nome que o significado acabou mudando também. Não sabem o que dizem, se perdem no que sentem. Às vezes não é nada, nem paixão. Acredito que antes de estar em um status, o amor deve estar no coração.
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Insônia Poética
PoetrySentimentos, pensamentos, muitas vezes podem tirar o sono, sejam bons ou ruins. Uso a escrita a meu favor, principalmente nas noites de insônia. Escrevo pra pessoas e escrevo pra mim. Escrevo sobre pessoas e escrevo sobre mim. Aqui você verá poesias...