Entre os inúmeros grupos de hackers, existe um bem único e inusitado, chamado C.harks*. Programadores da linguagem C, criaram para si mesmos a sua própria versão do Linux, especialmente preparada para rodar em aparelhos DreamCast**, fabricados com pela Sega. O C.harks Linux possuía ferramentas e scripts para invadir e derrubar websites, acessar canais de irc, quebrar senhas de FTP´s e instalar vírus em máquinas que rodassem Windows NT ou ME. O modo de operação deste grupo era bem sutil e prático.
Colocando seus DreamCasts dentro de uma discreta mochila com teclado, mouse e alguns cds de jogos (e um linux C.harks), cada um dos membros alugava quartos de hotéis em lugares diferentes e distantes, usando a TV do hotel e a linha telefônica para trabalhar em conjunto com o Dream.
Quem suspeitaria de um rapaz carregando um videogame para um quarto de hotel? Quando chegava a hora marcada, todos eles invadiam ou atacavam alvos específicos, principalmente os ligados ao local onde um dos membros residia ou possuía parentes, pois adoravam ler sobre si mesmos nos jornais locais. Depois de alguns meses atacando e agindo, 5 membros do C.Harks foram presos pelas autoridades, que reconheceu um padrão nos ataques.
Hoje em dia, com os novos modelos de videogames no mercado, com recursos multimídia, acesso a internet com modem, placa de rede e chips modificadores, é uma questão de tempo para surgir novos grupos como o C.Harks.
*C.Harks é um trocadilho de Sharks (tubarão) e Harks (escuta, escutar.) O C. provavelmente é de console (videogame) ou C. (linguagem de programação).
**Dreamcast é um fabuloso videogame da Sega, com capacidades multimidias e acesso a internet via modem ou placa de rede. Apesar disto, não foi bem comercialmente devido a pirataria, problemas na distribuição e desenvolvimento de novos jogos - Além é claro, dos "novos" usos do console