Antes Da Verdadeira Aventura

Um velho de mais de 1000 anos sabe o meu aniversário

Pov. Julius.

    Quando Ruby entrou em casa, eu e Amós saímos do nosso esconderijo e fomos para trás da árvore perto da casa dela. Eu fiquei olhando para a janela do sótão e a vi lá,se preparando para dormir. Quando tivemos certeza de que não tinha nada de errado com ela fomos embora. O caminho até a Agulha da Cleópatra foi silencioso, quando estávamos na metade do caminho Amós abriu a boca:
    — Eu vi você encarando a Ruby — Ele olhou pra mim com uma cara de safado, com uma sobrancelha levantada.
    — Pode parar, Amós, não tem nada entre nós — Falei olhando pra ele.
    — É... pelo menos não agora — Ele falou ainda tirando uma com a minha cara — Espera só até a mamãe saber que ela tem uma nova nora — Ele falou rindo da minha careta.
    — Não tenho nada com ela, e mesmo que eu quisesse, ela não quer nada comigo.
    — Você é cego? — Ele perguntou em tom de deboche — Saiu na entonação errada, você é cego! É óbvio que ela quer algo com você.
    — Você não vai desistir dessa conversa, vai? — Perguntei já cansado daquela conversa.
    — Fico impressionado em ver como você me entende, meu querido irmão. — Ele falou fazendo cara de emocionado. Chegamos na Agulha da Cleópatra e abrimos um portal para o Museu do Brooklyn, chegando lá olhamos ao redor para ter certeza de que ninguém tinha nos visto. Quando tivemos certeza fomos andando até em casa... Bom, não é bem uma casa, é uma mansão que fica encima de um depósito abandonado.
    Quando abrimos a porta da mansão demos de cara com Khufu, que é um babuíno que nos ajuda aqui em casa, o mais estranho não é o fato de nós o entendermos ou o fato de ele ser praticamente o nosso mordomo, mas sim o fato de ele só comer alimentos que terminem com a letra "o".
    Encontramos nosso pai perto da estátua de Tot no grande salão, nos esperando.
    — Oi, pai — Eu e meu irmão idiota falamos ao mesmo tempo. O nosso pai é bem parecido comigo, porém os olhos dele são mais dourados.
    — Boa tarde, filhos — Ele falou para nós ( N/A: são 16:00 mais ou menos em Nova York, por causa do fuso horário)       — Como foi com o demônio? — Ele nos perguntou gentilmente.
    — Foi normal para gente, já estamos acostumados — Eu respondi.
    — E de quebra conheci minha futura cunhada — Claro que meu irmão amado tinha que mencionar isso. Meu pai olhou para mim com um sorriso de canto, enquanto eu apenas revirei meus olhos para a afirmação do meu irmão.
    — Onde está a minha mãe? Ela pediu para gente ir falar com ela assim que chegássemos — Perguntei tentando evitar esse assunto.
    — Ela está no quarto — Começamos a subir as escadas em direção ao quarto dos meus pais, quando meu pai me chamou — Julius, vamos conversar sobre essa garota depois. —Vi meu querido irmão segurar o riso quando mandei um olhar assassino na direção dele.
    Subimos até o terceiro andar, que é o andar que fica os quartos da minha família, de uma amiga nossa e tem mais um sobrando. Chegando em frente ao quarto dos meus pais e batemos na porta, ouvimos um " entre" e entramos.
    — Conseguiram matar o monstro? — Ela perguntou olhando pra gente carinhosamente, mamãe é mais parecida com Amós, só que de olhos castanhos e cabelos compridos e negros.
    — Conseguimos — Respondi dando de ombros.
    — E você ainda duvidava de mim, mãe? Quer dizer, do Julius tudo bem, mas de mim? — Amós perguntou, fazendo uma falsa cara de mágoa.
    — Claro que não, meu bem, só quis me certificar — Ela falou com um sorriso gentil no rosto.
    — Nós também conhecemos alguém, não é mesmo, querido irmão?— Amós disse em tom de deboche.
    — Será que dá pra você calar essa maldita boca, Amós? — Perguntei rangendo os dentes.
    — O que aconteceu lá? — Minha mãe perguntou com a testa franzida.
    — Nada não, mãe — Eu disse antes que Amós abrisse a boca.
    — Claro — Ela disse claramente não acreditando em nada do que eu disse.
    Nós nos despedimos da nossa mãe com um beijo na bochecha, e ela com um beijo na testa. Descemos as escadas e fomos para a cozinha comer alguma coisa, depois disso subimos novamente para dormir um pouco, só até o jantar.
    Deitei na minha cama e comecei a pensar sobre Ruby. Ela é bonita, tem cabelos loiros, olhos azuis e um lindo sorriso. É um pouco teimosa pelo que notei, mas também inteligente.
    Acabei dormindo pensando nela.