Primeira carta

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Mãe, já se passaram dois anos e meio, porém, aqui na cidade grande a vida é diferente, vejo pessoas catando comida nas lixeiras; pessoas avarentas exibindo seus carrões e outras que não conseguem dormir porque estão com medo de serem assaltadas.
Assim que me deparei com esse cenário, minha mente se enfraqueceu de tal forma, que eu chorava todos os dias, igual a uma criança perdida, sem rumo e sem direção.
Desde que cheguei aqui, encontrei algumas pessoas que me ajudaram muito. Com certeza, foram Anjos que Deus enviou do céu para me levantar quando estou errante.
Foi aí que percebi a existência de muitas pessoas humildes aqui na civilização.
Sinto muita falta de todos de nosso pequeno vilarejo, o ar daí me aquece os pulmões, provoca o cantar da minha alma e faz de todos nós,  um ser indelével.
Por favor, não pare de Orar mãe, Deus está ouvindo suas Orações...

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