Livro 3- Amor de Lobo

Capitulo 25

Sara estava completamente envergonhada por  não se ter lembrado que estava na cozinha , Rafael a descontrolava totalmente que esquecia tudo e todos quando ele a tocava. Levantou a cabeça e virou-se para enfrentar uma Berta provavelmente chocada com o comportamento dela. Mas o que encontrou foi um sorriso totalmente divertido no rosto do Marco, que já estava sentado na mesa de frente a eles. Percorreu a cozinha com o olhar á procura da velha senhora e  deu graças aos santos por ela não estar em lado nenhum. Assim era menos uma pessoa para lidar com o seu embaraço.

__ Estou a ver que estás a ter um bom dia, cunhadinha. - Marco disse com  tom malicioso.

__ Hum.... Sim estou. - Mexeu-se desconfortável no colo de Rafael enquanto mordia o lábio. Sentiu a ereção dele ficar ainda mais dura e ouviu-o gemer.

Sara voltou-se para Rafael e deu-lhe um sorriso de desculpa. Tentou levantar-se, mas ele puxou-a contra o seu tórax e abraçou-a mais forte ainda. O sorriso dele era puro pecado.

__ Onde julgas que vais,  - Deu-lhe um beijo na ponta do nariz.__ O teu lugar é aqui ...onde estás.

__ Então crianças.... - Interrompeu Marco, enquanto largava a cerveja na mesa rindo. __ Eu ainda estou aqui.

Berta, passado uns minutos entrou na cozinha serviu o almoço e sentou-se junto a eles. Sara rapidamente se sentou em seu lugar habitual,  Rafael não conseguia evitar de trocar olhares com Sara, enquanto almoçavam. A fome ainda estava latente entre eles e não era de comida.

__ Rafael, porque não vais ate a lagoa esta tarde com Sara. - Marco disparou quando o silencio se instalou na mesa.

__ Lagoa. Há uma lagoa por aqui? - Sara ficou realmente curiosa, os dias estavam mais quentes e ela nunca saira para explorar  o lugar onde a pousada se situava.

__ Sim! No fundo do bosque há uma lagoa com uma pequena cascata, é onde geralmente corremos. - Rafael deu-lhe um olhar predatório.

__ Correm? - Questionou ela confusa.

__ Sim, quando trocamos de forma. - Rafael disse calmamente.

__ Oh... compreendo. - Ainda era tão irreal, eles serem homens-lobos que se tinha esquecido completamente. __ Por isso moram junto da floresta, para poderem correr á vontade?

__ Sim, mas também devido ao nosso instinto de caçar. - Acrescentou Marco.

__ Caçar? - Ela engasgou-se com um pedaço de carne ao engolir ,começando de imediato a tossir. __ Caçar...caçar... o quê exatamente?

__ Lebres, coelhos...- disse Marco enquanto lhe batia suavemente nas costas.

__ Tira as mãos dela, Marco. - Rafael rapidamente  rosnou baixo, se levantando, deu a volta á mesa, segurou-a pelos braços.  __ Estás bem, amor?

__ Sim, estou bem...- Ainda com um pouco de dificuldade a respirar  clareou a garganta analisando o rosto de Rafael.__ Obrigada.

__ Desculpa, irmão. - Marco sorriu de lado continuando a comer. __ Esqueci-me que somos um pouquinho possessivos quando se trata da nossa companheira. - Deu uma gargalhada, enquanto Rafael voltava para o seu lugar.

__ Eu é que peço desculpa, sei que só estavas a tentar ajudar, mas o instinto foi mais forte. - Rafael troca um olhar arrependido com seu irmão, desviando sua atenção  logo em seguida para Sara. __ Estás mesmo bem?

__ Sim, estou bem ... sério. - Olhou para Berta e viu que ela abanava a cabeça sorrindo sem proferir nenhum comentário.

Pelos vistos Sara era a única que estava perplexa com aquela coisa de caçar. Se eles se transformavam em lobos, naturalmente todo o instinto animal vinha ao de cima e por isso não deveria ser um choque para ela, tinha que começar a lidar com isso de qualquer jeito. Enquanto ainda estava envolvida nos seus pensamentos, ouviu Rafael.

__ Sara, está tudo bem mesmo ? - Soava  preocupado e reparou que todos a fixavam em silêncio.

__ Claro que sim, porque perguntas?

__ Não me respondeste. - Ele disse aborrecido.__ Parece que nem sequer estás aqui...

__ Oh...desculpa...qual foi a pergunta?

__ Se aceitas vir dar um passeio comigo esta tarde.

__Claro que sim, vou adorar! - Um sorriso  despontou em seus lábios ajudando a retirar todas as imagens violentas que  passavam em sua mente sobre  a forma como um lobo caçaria. Ali estava Rafael , um lobo por natureza , mas tambem o homem que amava  e só  isso  deveria importar.

A seguir ao almoço, Sara dirigiu-se á camioneta com Rafael. Antes de ir  ele falou com Marco sobre assuntos de trabalho e depois partiram para um passeio agradavel a dois, raramente tinham saido desde que se conheceram, desde que se amaram, seria uma novidade para ela passar tempo de lazer com o homem que a deixava nas nuvens.

Quando a lagoa entrou no campo de visão dela, depois de vinte minutos numa estrada de terra batida no meio da floresta, ela só poderia considerar que estava perante um pequeno paraíso.

__ É maravilhoso. - Declarou boquiaberta, quando viu aquela água  a correr do alto daquelas rochas até se juntar á pequena e cristalina  lagoa.

Ela saltou da camioneta e admirou por momentos aquela paz e aquela beleza natural. Rafael encostou-se a porta da camioneta com os braços cruzados no peito esboçando um sorriso satisfeito enquanto observava sua companheira fascinada por tão bela visão de seu território. Sua aprovação era importante para ele, visto que tudo o que tinha era dela, como seu corpo, coração e alma.

__ Podemos tomar banho aqui ou é profundo demais? - Sara questionou enquanto observava toda a extensão da lagoa.

__ Não é profundo, podemos nadar e mergulhar em segurança.

Antes mesmo de Rafael acabar, ela já  começava a despir-se na sua frente, Rafael arregalou os olhos  rosnando baixinho ao observar, que  passados segundos, sua fêmea já estava completamente nua e ele incrivelmente duro.

Sara não estava a imaginar aqueles olhos a viajarem pelo seu corpo nu, parando nos seus seios antes de deslizar para baixo. Para provocar Rafael ainda mais ela mudou de posição, lhe dando as costas, se inclinando para a frente ,para sentir a agua em suas mãos. O ambiente entre eles parecia estar envolvido em sensualidade. Sara finalmente  correu para a água, se deliciando com a frescura  na sua pele, ela estava quente , muito quente , algo que Rafael conseguia provocar nela somente com o olhar.

Certa de que podia sentir os olhos de Rafael acariciando a sua pele nua,  mergulhou, sentindo-se extremamente atraente, vindo à superfície passados segundos para  o encarar e sorrir quando viu Rafael quieto como se estivesse congelado como uma  estátua. Sara adorava a forma como conseguia afetá-lo, nunca antes se sentira tão sensual, tão desejável, e isso fazia maravilhas a sua auto estima. Pensando em toda a diferença do mundo dele, Sara chega a conclusão que não trocaria essas sensações maravilhosas que Rafael a fazia sentir...por nada, nem ninguem ...nessa vida.