Capítulo 1. Tudo deveria começar com: Era uma vez?

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Respirei fundo e olhei para a placa, 5ª Avenida com 34th St. Ele continuava ali, lindo e maravilhoso, só havia perdido o lugar do prédio mais alto do mundo, o tão famoso Empire State Building. Só para relembrar que fui ao casamento de Maria Luiza com o gato do Gustavo Kleiber que tem uma pegada que ulala, é de te levar até ao céu, no 80ª andar, muito romântico e coisas do tipo, porém com bastante bebida, acabou até valendo apena. Ok, Nova York continua linda, sem mim.

Estava em Nova York por apenas um motivo, tentar convencer a empresa Tramsh a aceitar negociar com a empresa a qual eu trabalho Prejhs. Isso não seria tão difícil, já que eu tenho um bom papo com qualquer pessoa, por isto me tornei relações públicas. Aos bons, RP. Muito mais do que cafezinho para servir. Logo virando algumas ruas perto do Empire State, estava ali, uma loja azul marinho com uma grande placa “Tramsh”. Apesar de sempre ser uma pessoa confiante e determinada, o frio na barriga sempre bate quando sei que é algo tão importante quanto.

– Olá, sou Garret Lponse, da empresa Tramsh. – Nossa, que olhos azuis amigos. Obviamente esperava ser atendido por alguém elegante, mas não tanto quanto e também era óbvio que ele era da empresa Tramsh. Um porque estava ali para falar com ele. Dois porque o crachá dele tinha escrito “Garret Lponse, diretor do marketing da Tramsh”. Tentei dar um bom sorriso e um beijo no rosto. Três beijinhos é coisas de outro mundo. Eca! Sem contar que o significado não é para mim: “Tem que dar três beijinhos, se não, não casa”, coisa de tia (gorda). Pra mim supersticiosidade não serve. Não acho que porque meu time ganhou é devido a roupa que estou usando, que cruzar os dedos me darão sorte, que dei certo com um cara na noite pelo perfume. Não cola, não rola. Sou do tipo oito ou oitenta, ou vai ou fica. Não tem esta de meio termo, nunca gostei de indecisão e mulher insegura demais. Mulher que não confia no taco é mulher de meia tigela. Homem tem medo de mulher independente, que bebe tanto quanto ele. Que não tem vergonha do próprio corpo, apesar das gordurinhas. Pô, o que são gorduras quando o papo é melhor? Mulher que não é mesquinha, que bebe cerveja e dança até o chão e nem por isso é puta. Não é porque uso uma saia curta, que estou querendo sair pegar todos ou dar para qualquer um. É simples. Não complica, se quer quer, se não quer, vai embora. Fala e não fica de joguinho idiota. Não tem tempo ruim. Mulher tem que festar tanto quanto homem, mas tem um diferencial, mulher é fiel, confiante. Mesmo que ela saia farrear com as amigas, ela só vai fazer isto, não ficará olhando o gatinho passar ou querendo ficar com outra pessoa. Mulher é determinada. Mulher não precisa sair pegar alguém. Diferente do homem que é tão carente que precisa todo dia de uma diferente para suprir suas necessidades. Ahh.. Esta coisa de mulher que fica em casa se o namorado não quer sair, e que caso ele queira sair, ela fica em casa na base do filminho romantico. Não rola pra mim isto não filha. Pra mim, mulher tem que saber aproveitar a vida até sozinha, e dispensa homem filha da puta fácil fácil.

– Olá, sou Júlia Mairhyws, mas pode me chamar de Ju. – Pisquei ao levantar o olhar em sua direção. Me chamo Júlia Mairhyws, e meu sobrenome é difícil e não gosto que puxem o r. Trabalho para uma das maiores empresas do mundo chamada Prejhs, em Los Angeles.

– Bom, vamos para minha sala? – Ah sim, sua sala está de bom tamanho. Ela tem cortina e fecha a porta bem? – Júlia? – Sua voz me acordou do meu mundo de imaginações.

– Ah... Juju! –

– Ju, me acompanhe. – Meu salto fazia um TAC TAC chato, e percebi que Garret não estava gostando muito. Mas eu não estava gostando mais de ter que sentar em uma mesa e passar a tarde inteira tentando convencê-lo que nossa empresa era melhor para as roupas Tramsh. Claro que eu amava meu trabalho e era a melhor coisa do mundo, mas HELLO, ESTOU EM NOVA YORK!!!! Se formos comparar Nova York com Los Angeles em uma escala de 0 a 10, bom.. Cada uma com suas qualidades e Los Angeles eu podia aproveitar todos os dias, já Nova York só quando dava. Então, após passar à tarde tentando convencê-lo, iria aproveitar Nova York.

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