Brasil – Dias atuais
ISABELLE
Estou cuidando da Rebecca há praticamente um mês e acabamos adotando certa rotina, pois, assim como eu, ela se encontra de férias. Então, de manhã ficamos em casa vendo desenhos e filmes na TV e depois do almoço vamos ao hospital ver a mamãe. Seu atual estado é estável, mas os médicos ainda estão a observando, receosos, porque ela ainda corre risco de ter outra hemorragia ou perda do movimento das pernas.
Depois das visitas, eu levo a Rebecca em uma praça próxima ao hospital, onde tem um parquinho, para que possa se distrair um pouco. Quase todos os dias, na parte da noite, o Luan vem nos visitar. Ele traz algo para jantarmos e ficamos assistindo filme. A Rebecca ama as visitas dele, pois, além de ela ganhar muita atenção, sempre que dorme, normalmente durante o filme, ele a coloca na cama.
Eu pensei, sinceramente, que depois que voltasse para casa, ficaria sozinha, mas o Luan está se saindo melhor do que o esperado. Ele cumpriu com sua promessa de "cuidar de mim", ou seja, é o melhor amigo que uma pessoa pode ter ou querer.
Estou neste momento sentada no sofá assistindo a um programa qualquer de culinária enquanto a Rebecca tira seu cochilo da tarde. O telefone começa a tocar, tirando-me de meus pensamentos.
— Alô? — atendo o telefone.
— Senhorita Isabelle Albuquerque?
— Sim, quem fala?
— Aqui é do Hospital Central. Meu nome é Kátia, sou uma das secretárias e...
— Sim? — a interrompo.
— Gostaríamos que a senhorita comparecesse ao hospital o mais rápido possível.
— Por quê? O que houve?
— Senhorita, não posso dar detalhes da paciente por telefone sem ordem médica. A única coisa que posso lhe afirmar é que o estado de sua mãe se agravou.
— Oi? — Respiro fundo. — Tudo bem, estou indo para aí. Chego já.
— Estamos no aguardo, senhorita. Até breve.
— Até. — Fim da ligação.
Vou ao meu quarto, visto a primeira calça jeans que vejo e uma blusa qualquer. Coloco um tênis e pego minha bolsa. Passo em frente ao quarto onde a Rebecca ainda dorme e, voltando para a sala, faço uma ligação.
— Oi, Isa — a pessoa atende depois do terceiro toque.
— Lara, está ocupada?
— Não, por quê?
— Você pode vir aqui pra casa olhar a Rebecca?
— Posso sim. Algum problema?
— Preciso ir urgente ao hospital e ela está dormindo. Além do mais, também não quero levá-la.
— Ok, estou aqui por perto. Chego em cinco minutos.
— Obrigada! Vou deixar a chave no vaso de planta como sempre.
— Mas o que houve?
— O estado da minha mãe se agravou. — Suspiro.
— Sério? — Ela se espanta. — Mas ela parecia tão bem...
— Sim. — Suspiro novamente. — Bem, vou lá ver o que houve.
— Ok, amiga. Sem problemas! Demore o tempo que for preciso.
— Obrigada! Vou lá, beijos.
— Beijos. — Fim da ligação.
Tranco a porta de casa e guardo uma cópia da chave no vaso de planta que há ao lado, levando a outra cópia comigo. Pego um ônibus para o hospital e chego em 20 minutos.
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A Primeira Pétala
RomanceRichard era o típico homem rico, bonito e simpático que atraía a atenção de todas as mulheres à sua volta. Até que uma tragédia acontece e muda completamente a sua vida. Isabelle ainda era uma menina quando perdeu seu pai. E após um acidente, se vê...