Capítulo 4 ~ Festa

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 Quando cheguei a minha casa, o meu pai estava no escritório. Eu não queria incomodá-lo então fui direto ao meu quarto para tomar banho e me arrumar para ir à festa, na casa do Scott...

Bem que a Jade me disse que iria combinar. Era um vestido cinza que ela me dera de presente. O vestido era de seda com costas nuas e com alças finas e trançadas. Era comprido e aberto na altura da coxa direita. Coloquei meus sapatos Louboutin. Eu não precisava de salto, já que eu tinha um metro e setenta, com salto fiquei maior, mas gostei.

Fitei-me no espelho do banheiro. O vestido mostrava as curvas do meu corpo. Soltei meus cabelos castanhos claros, eles eram lisos e com algumas ondas até na cintura e com cachos nas pontas até o quadril. Meus olhos eram verdes, cor de uma esmeralda.

Coloquei a pulseira que eu ganhara do Johnny no meu aniversário, no ano passado. A pulseira era de brilhante com um coração de cristal partido ao meio. Johnny dissera: "Milly, esse coração é o símbolo da nossa amizade; um coração ficará com você e a outra metade ficará comigo para sempre." Johnny me prometera que colocaríamos mais pingentes na pulseira.

— Ótimo. Melhor que isso, só um milagre! — murmurei, descendo a escada.

Meu pai estava no pé da escada com Bianca e Jade ao seu lado. Bianca, com sua pele branca, se destacava em seu vestido azul de cashmere que estava usando e que combinava com seus olhos também. Jade estava bem formosa e seu vestido de cetim rosa caía bem em sua pele morena. As duas estavam lindas, mas ao que parecia, não eram elas quem chamava a atenção. Todos me fitavam ao descer a escada.

— Você está linda, querida! — falou John, sorrindo com admiração.

— Obrigada! — agradeci ganhando um rubor no rosto.

— Você, pelo menos, poderia ter passado um lápis nos olhos e um batom, para ressaltar melhor os seus olhos verdes e sua boca vermelha, Milly! — Jade me repreendeu.

Eu suspirei. Eu realmente me arrumava para ir às festas, mas hoje não estava com clima nenhum, não com a dor que eu estava sentindo nesse momento. Aliás, essa dor me segue há dois anos e meio, desde que perdi as duas pessoas que mais amava no mundo.

— Não estou indo arrumar namorado e sim acompanhar vocês duas! — Lembrei, olhando incisivamente cada uma delas.

— Hoje ninguém vai olhar para mim — falou Bianca, fazendo uma careta para mim. — Não com você na festa.

Eu bufei.

— Isso é bom! — falou meu pai, revirando os olhos para Bianca e depois, seus olhos castanhos se voltaram para mim. — Juízo e cuida de sua irmã!

— Eu não preciso de proteção — retrucou ela, mau humorada. — Sou adulta!

— Será daqui a uns dez anos! — declarou John. — Quando criar juízo.

Bianca arregalou os olhos para ele.

— Daqui a dez anos, eu vou estar é velha! — grunhiu.

— Tudo bem, pai. — Eu prometi, antes que virasse discussão entre eles com a Bianca querendo ser adulta. Será que ela não vê que assim ela não consegue nada? Só provando que ela é infantil.

Fomos nós três para o carro de Jade, já que o meu estava na oficina de um conhecido do meu pai e só estaria bom depois de oito dias. Tentei não entrar em pânico com isso. Jade dirigiu em direção à praia aonde eu fui esta tarde, na floresta. Não queria pensar no que houve lá na floresta. Não contei a elas e muito menos ao meu pai, que surgiu outro poder em mim. Eu não queria deixá-los preocupados.

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