A Continuação da Pequena Sereia

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A sereia que fugiu dali por não aguentar ver a sua irmã desaparecer daquela maneira voltou para casa. Quando as noticias da morte da pequena sereia chegaram todo o palácio ficou de luto. Mas quem ficou pior foi Séa (a irmã que fugiu). Séa adorava a irmã mais de que tudo no mundo e agora ela tinha desaparecido, para sempre... trancou-se no quarto durante dias fio e quando finalmente saiu ela foi ao jardim aquático da irmã.

Ela viu a estátua do príncipe... Era tudo culpa dele... Tudo...

E como é que raio é que ele não se apaixonou pela irmã?! Ela era bonita, engraçada... Era...

Séa continuava sem conseguir acreditar. A irmã dela tinha-se ido de vez... para sempre... Se ela tivesse conseguido ficar com o príncipe ela ainda conseguia ir visita-la de vez em quando e ainda podia ser feliz. Mas não... o idiota do príncipe apaixonou-se por outra gaja. Ela já a tinha visto e sinceramente, achou-a vulgar. Nada que merece-se muita atenção. Uns olhinhos bonitinhos mas, nada de mais.

Durante vários dias, Séa, andou assim. A vaguear pelo reino como uma alma penada, até a sua cauda dourada e brilhante estava a perder o brilho e a cor.

As irmãs diziam que a própria irmã tinha culpa pois ela não tinha matado o príncipe porque assim o quis. Mas Séa ficava zangada e dizia que elas estavam a atirar-lhes as culpas. As outras tentavam protestar. Elas também estavam muito mal pela perda da irmã. Mas sim, ela foi inconsciente e um pouco caprichosa e demasiado romântica. E ele era um humano. O destino estava traçado que ela não se ia aguentar muito.

Séa não queria saber e começou a isolar-se. Ela precisava de estar sozinha por mais uns tempos e aclarar as ideias. A família tentou fazer alguma coisa mas acabaram por deixa-la em paz.

Dias depois as coisas continuavam na mesma no reino das sereias. Exto com Séa. Esta estava a arquitetar um plano. A culpa era do estúpido do príncipe. Então ela queria vingar-se, e ia faze-lo. Pela irmã. Pela suas querida e adorada irmã.

Não foi preciso muito para arquitetar um plano. Tornava-se humana também, destrui-a a vida dele e voltava para o mar. Fim do plano e todos viveriam felizes para sempre. Ou melhor, ela vivia feliz para sempre, pois os outros ou não quereriam saber, ou não queria que ela fizesse isso, e, o príncipe ia ficar num horror. Mas não deixava de ser um bom plano na cabeça de Séa. Simples e eficaz.

Depois de um tempo a explorar as opções de como se tornar humana, acabou (contrariada), ir á bruxa do mar. A bruxa sorriu quando ela lhe disse o seu plano.

- E o que me darás em troca, minha menina? - perguntou a bruxa do mar.

- Ah?

- Sim! - disse a bruxa do mar - Ainda não discutimos o pormenor do pagamento. Tens que me dar algo em troca.

Séa não queria entrar na esparrela de dar a voz por isso sugeriu o seguinte.

- Á quanto tempo não te divertes MESMO a ver alguém sofrer? - perguntou Séa.

A bruxa do mar voltou a cabeça para Séa, com interesse. Olhou para ela e respondeu:

- A última vez já foi á algum tempo... Porquê?

Foi a vez de Séa sorrir. Ela tirou as mãos de detrás das costas e disse, já mais descontraída:

- Se eu for para terra, eu vou dar cabe da vida daquele principezinho. Tu até te podes divertir. E eu estou disposta a fazer ainda pior do que estou a planear.

A bruxa do mar fez um sorriso ligeiramente malvado e perguntou:

- E se eu não me divertir?

- Deixa-me fazer tudo o que eu quero com ele até ao fim. Se quando eu tiver acabado e eu voltar ao mar e tu não te tiveres divertido, faz o que quiseres comigo. Mas... deixa-me fazer o que quero com ele.

A Continuação da ''Pequena Sereia''Onde histórias criam vida. Descubra agora